27 de Julho de 2024 • 02:54
O grupo também faturava aplicando diferentes golpes pela internet. / Polícia Militar/Divulgação
Na última terça-feira (14), a Polícia Civil prendeu em flagrante três suspeitos de integrarem umas das principais células financeiras do Primeiro Comando da Capital (PCC) na Baixada Santista.
Segundo investigações, o trio comandava um esquema de fraudes para lavar dinheiro do tráfico de drogas, utilizando imóveis e contas em bancos digitais.
O grupo também faturava aplicando diferentes golpes pela internet.
A polícia monitorou os suspeitos por quatro meses, período em que se reuniram com membros conhecidos da organização.
Os encontros ocorriam em casas de veraneio alugadas por curta temporada. Pelo menos uma vez por mês, o grupo se encontrava com um membro conhecido como braço jurídico do PCC.
O líder do grupo, conhecido como Favela, fazia parte da 'sintonia financeira'. Os outros dois, Lúcifer e GB, eram responsáveis por operacionalizar a lavagem de dinheiro.
As prisões foram efetuadas em três endereços de Praia Grande, onde os suspeitos residem com suas famílias. Há indícios de participação de parentes no esquema de lavagem de dinheiro.
Os suspeitos usavam as casas como 'minicentrais' e conseguiam faturar mais de R$ 5 milhões com golpes, que eram realizados com permissão do PCC.
A perícia ainda irá verificar os equipamentos. Após isso, será possível determinar o montante da quadrilha e quais outros métodos eram usados.
De acordo com o Ministério Público Estadual, o PCC lucra cerca de R$ 5 bilhões por ano, principalmente com o tráfico de drogas.
Outros dois suspeitos também foram presos após tentarem fugir da polícia. Eles estariam envolvidos no esquema de golpes, sem relação com a facção.
Foram apreendidos, ao final da operação, três carros, R$ 20 mil em espécie, 24 cartões bancários, máquinas de contar dinheiro e falsificar cartões, além de maquininhas de pagamento modificadas para golpes.
Segundo a Polícia Civil, os desportivos eram adulterados para cobrar um valor diferente do mostrado pelo visor. Induzindo as vítimas a transferirem valores mais altos.
O bloqueio de contas e imóveis ligados ao grupo deve ser pedido pela delegacia responsável pelo caso. Os três suspeitos tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva. Eles foram indiciados por lavagem de dinheiro e por integrar uma organização criminosa, além de já terem passagem por estelionato.
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