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Polícia

Número de roubos e furtos cresce 35% em Praia Grande

Na região do Solemar, comandada pelo 3º DP, aumento chegou a 62%. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, no primeiro mês de 2014 foram registradas 1265 ocorrências

Publicado em 04/03/2014 às 00:55

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A sensação de insegurança se espalha por toda a Região. Na Praia Grande não poderia ser diferente. Os moradores reclamam: muitos assaltos e falta de policiamento. Uma população trancada em suas casas por conta da violência. No início deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, o número de roubos e furtos cresceu 35% na cidade.

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), divulgados no site do órgão, no primeiro mês de 2014 foram registradas 1265 ocorrências de roubos (570) e furtos (695). Em janeiro do ano passado foram 828 casos (237 roubos e 591 furtos) relatados à Polícia. Nos anos anteriores, os números também foram mais baixos no mesmo período: em 2012, o número chegou aos 849 registros (360 roubos e 489 furtos); e, em 2011, foram relatados 754 casos (232 roubos e 522 furtos).

Ao analisar as estatísticas por distrito, é possível perceber onde essas ocorrências estão aumentando. No 3º DP, responsável pela região do Solemar e redondezas, os índices mais que dobraram com um aumento de 62%. No primeiro mês de 2013 foram registrados 37 casos de roubos (7) e furtos (30); já no início deste ano, as ocorrências chegaram a 95 (21 roubos e 74 furtos). Na área do 1º Distrito Policial (DP) de Praia Grande, que cobre os bairros Boqueirão, Aviação e Canto Forte, os números de roubos cresceram em 36%: 417 ocorrências (185 roubos e 232 furtos) em janeiro de 2014 contra 271 casos registrados (65 roubos e 216 furtos) em janeiro de 2013.

Outros índices que cresceram na área do 1º DP foram os de furtos e roubos de veículos. Em janeiro de 2013, ocorreram 21 furtos e 18 roubos de carros na região. Já no primeiro mês deste ano, o número de furtos subir para 43 casos e o de roubos reduziu para 15 ocorrências. No 2º DP, que cobre os bairros Vila Caiçara, Jardim Anhanguera e Jardim Ribeirópolis, o aumento em casos chegou a 33%. Em janeiro do ano passado, foram registradas 158 ocorrências (50 roubos e 108 furtos). Enquanto no primeiro mês deste ano, foram 233 registros de casos de roubos (79) e furtos (154).

Número de roubos e furtos cresceu 35% em Praia Grande (Foto: Matheus Tagé/DL)

Na área da Delegacia Sede – Vila Tupi e Vila Sônia -, os números aumentaram em 32,5%: 520 casos de roubos (285) e furtos (235) em janeiro de 2014 contra 351 ocorrências (115 roubos e 236 furtos) no mesmo período do ano passado.

Moradores afirmam: “Praia Grande não é segura”

A reportagem do Diário do Litoral esteve em Praia Grande e perguntou aos moradores se eles se sentiam seguros na cidade. A resposta foi unânime: não há segurança. “Tem pouco policial. Tem muitos furtos, vejo muitas casas sendo furtadas. Minha vizinha, no último mês, foi assaltada três vezes”, afirmou o técnico de Informática Ailton Ogata.

O aposentado Paulo Rovina também reclamou sobre a falta de policiamento. “É muito difícil de ver policial por aqui. A gente toma muito cuidado, até aliança não uso mais. Aqui na Praia Grande, a não ser em dias de feriado prolongado, depois das 19 horas não tem mais ninguém na rua”, reclama.

E tem mais gente que não sai de casa depois que anoitece. “Depois das 19 horas, não dá para sair de casa. E raramente a gente vê polícia na rua, principalmente quando a gente mais precisa. Em matéria de segurança, a cidade está terrível. Falta muita segurança, muito assalto, muito roubo. Já presenciei muitos roubos, na minha rua sempre tem, em plena luz do dia. Não poupam ninguém, principalmente idosos”, alerta o aposentado Osvaldo Marcandalli.

Para a secretária Naiara Ayran, o policiamento também só é mais frequente durante a temporada de verão. “Praia Grande não é segura, os policiais não ficam nas ruas. Só aumenta um pouco o policiamento quando vem turista, mas quando os moradores precisam mesmo eles não aparecem. Eu já fui assaltada, meu pai já foi assaltado a mão armada, onde eu trabalho (uma escola) já foi assaltada, levaram tudo”.

O filho da dona de casa Maria do Carmo Cruz também foi assaltado várias vezes e ela também não escapou. “Eu fui assaltada duas vezes em seis meses. Um ladrão levou minha aliança apontando uma faca e outro levou uma corrente, bem perto da minha casa. Eu fiquei apavorada. E não tem policiamento. Depois que fazemos o boletim, apareceuma viatura, mas não dura muito. Meu filho já foi cinco vezes assaltado. Geralmente quem assalta são jovens de 15 a 17 anos”, reclama.

Do mesmo jeito reclama a cuidadora de idosos Alexandra Macedo, que precisa de companhia até o ponto de ônibus por medo de ser assaltada. “Meu marido tem que me trazer todo dia no ponto de ônibus porque não tem segurança para eu vir sozinha. Conheço muita gente que foi assaltada. Está muito difícil andar na rua. Só vejo policiamento quando é época de temporada”, afirma.

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