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Polícia

MPF oferece denúncias contra quadrilha que exportava cocaína pelo Porto de Santos

Oito criminosos tentaram enviar mais de 400 quilos da droga à Europa; entorpecentes foram apreendidos ainda no Brasil

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 01/10/2014 às 17:23

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O Ministério Público Federal em Santos ofereceu duas novas denúncias contra integrantes de uma megaquadrilha que exportava drogas pelo porto da cidade. O grupo, formado por mais de 40 criminosos, foi alvo da chamada Operação Oversea, deflagrada no fim de março. Os novos procedimentos listam oito bandidos envolvidos em três ações ilegais registradas entre agosto e novembro de 2013. Eles participaram de negociações que enviariam 421 quilos de cocaína à Europa. O MPF pede que a Justiça Federal os condene por tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e constituição de organização criminosa.

Os denunciados adotaram medidas semelhantes às identificadas em todas as demais operações de exportação da quadrilha. Após receberem a droga oriunda de países vizinhos ao Brasil, como Bolívia e Colômbia, eles providenciaram a inserção do material em navios cargueiros com destino à Alemanha, à Bélgica e à Espanha. Os tabletes de cocaína foram acondicionados em malas de viagem e colocados em contêineres com cargas de algodão e ração animal. Após a travessia do Atlântico, os receptores apenas teriam a incumbência de recolher os pacotes nos portos europeus. No entanto, as trocas de mensagens entre os criminosos, legalmente monitoradas, permitiram às autoridades o acompanhamento das ações e a apreensão das mercadorias ilícitas ainda em Santos, antes da partida.

Megaquadrilha tentava exportar drogas pelo Porto de Santos (Foto: Matheus Tagé/DL)

Ramificações

Até a deflagração da Operação Oversea, foram apreendidas ao todo mais de três toneladas de cocaína negociadas pela quadrilha desde julho de 2013. As investigações demonstram uma extensa ramificação do bando, cujas atividades envolveram inclusive o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que atua dentro e fora dos presídios paulistas.

Foram identificadas duas células principais do grupo. Uma era responsável pela aquisição da droga em países vizinhos e o envio ao exterior. A outra cuidava da logística no terminal portuário, com atuação em diversos pontos de embarque. Os criminosos participaram de pelo menos 21 operações de exportação de cocaína.

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