Marielle Franco foi assassinada em março de 2018 / Divulgação
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Três suspeitos de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco foram presos na manhã deste domingo (24) em operação conjunta da Procuradoria Geral da República, do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Federal. A prisão ocorre 6 anos após o crime, que ocorreu em março de 2018.
Foram presos os irmãos Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio.
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Um dia antes do atentada contra a vereadora, em 13 de março de 2018, Rivaldo chegou a assumir chefia da Polícia Civil. Ele teria combinado com Domingos Brazão de não andar com as investigações do caso.
Além das três prisões neste domingo, foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão na sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas do Estado. Os agentes apreenderam documentos e levaram eletrônicos para perícia.
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Os investigadores ainda trabalham para definir a motivação do crime. Do que já se sabe, o motivo tem a ver com a expansão territorial da milícia no Rio.
Os investigadores decidiram fazer a operação no início deste domingo para surpreender os suspeitos. Informações da inteligência da polícia indicava que eles já estavam em alerta nos últimos dias, após o Supremo Tribunal Federal (STF) homologar a delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa.
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Ao aceitar o acordo de colaboração com a PF, Lessa apontou quem eram os mandantes e também indicou a motivação do crime. O executor da morte de Marielle está preso desde 2019 e afirmou que os mandantes integram um grupo político poderoso no Rio com vários interesses em diversos setores do Estado.