X

Brasil

PF faz operação contra acusados no caso Marielle Franco

A ação mira agora a suspeita de um esquema de exploração de ligações ilegais de internet e TV a cabo, o chamado gatonet

Folhapress

Publicado em 04/08/2023 às 11:26

Atualizado em 04/08/2023 às 11:27

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

Marielle Franco foi assassinada em 14 de março de 2018 / Arquivo/Agência Brasil

A Polícia Federal iniciou uma nova operação, nesta sexta-feira (4), no âmbito da investigação sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

A ação mira agora a suspeita de um esquema de exploração de ligações ilegais de internet e TV a cabo, o chamado gatonet.

Um dos alvos da operação é o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, preso na semana passada por suspeita de envolvimento na morte de Marielle e Anderson. Suel, como é conhecido, também é suspeito de ter um esquema de gatonet junto com o policial reformado Ronnie Lessa, apontado como o autor dos disparos que mataram a vereadora.

A PF cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa do ex-bombeiro nesta manhã. A mulher de Suel, Aline Siqueira, também foi alvo da operação nesta segunda-feira. Ela irá prestar depoimento na sede da Polícia Federal.

Procurada pela reportagem na manhã desta sexta, a defesa do casal não havia se manifestado até a publicação deste texto.

Marielle e Anderson foram mortos a tiros na noite de 14 de março de 2018, quando o carro em que estavam foi alvejado enquanto passava pelo Estácio, no centro do Rio. Um ano depois das mortes, Ronnie foi preso acusado de ter atirado contra a vereadora e o motorista. Junto com ele, também foi preso o ex-PM Élcio de Queiroz, suspeito de dirigir o carro usado no crime.

Cinco anos depois, a Polícia Federal instaurou um novo inquérito para apurar o caso, junto com o Ministério Público do Rio. Os desdobramentos da investigação se baseiam no acordo de colaboração firmado por Élcio em junho deste ano.

Na delação, Élcio afirmou que Suel participou das campanas para monitorar Marielle desde, pelo menos, o segundo semestre de 2017. O ex-bombeiro, segundo o delator, também teria ajudado a desmanchar o carro usado no crime.

Suel já cumpria prisão domiciliar após ter sido condenado por tentar atrapalhar as investigações do caso.

Segundo a PF, o ex-bombeiro e Ronnie teriam um esquema de gatonet na comunidade Jorge Turco, em Rocha Miranda, na zona norte do Rio. A prática, típica da milícia, se resume em explorar receptações ilegais de sinais de TV e de internet, que são distribuídas a moradores de um bairro ou região mediante pagamento de taxas extras.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Polícia

Homem suspeito de estuprar mulher em situação de rua é identificado pela polícia

O caso aconteceu na Rua Braz Cubas, no centro de Santos.

Cotidiano

Veículo pega fogo na Rodovia dos Imigrantes; VEJA VÍDEO

Uma equipe da Ecovias já se encaminhou para atender a ocorrência

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter