02 de Novembro de 2024 • 20:25
Policial observa organograma em que o líder da quadrilha aparece ao centro / josel silva/folhapress
Apontado como líder de uma organização criminosa paulista acusada de fornecer armamento a traficantes da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, Fabiano Robson dos Santos Freitas, o Negão, foi preso ontem em Praia Grande durante uma megaoperação da Polícia Civil.
Além do líder, mais 12 pessoas foram presas na ação, que foi comandada pela Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) de São Bernardo do Campo. Os mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos em diversas regiões do estado de São Paulo, incluindo a capital.
Os crimes sob investigação, além do tráfico de armas, são tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Mais sete pessoas foram presas nas regiões da Baixada Santista e Vale do Ribeira. Além de Praia Grande, nestas regiões, os policiais agiram em Santos, Cubatão, Itanhaém, Registro, Cananéia, Ilha Comprida, Jacupiranga e Iguape. Cidades da Grande São Paulo e do interior paulista também foram alvos da megaoperação, que mobilizou 320 policiais.
De acordo com a Polícia Civil, a suspeita do envolvimento do grupo com traficantes da Rocinha começou durante a investigação dos criminosos da capital paulista e da Grande São Paulo. Ligações entre traficantes do Rio e Negão foram interceptadas pela polícia.
Foi descoberto que a organização fornecia fuzis e outras armas para os membros da Amigos dos Amigos (ADA), facção que domina a favela carioca. O armamento era destinado à disputa contra o Comando Vermelho de Rogério 157.
A atuação do PCC no Rio se dá no fornecimento de drogas e armas à facção carioca aliada. Como a Folha de São Paulo revelou em abril, no final do ano passado a facção criminosa PCC selou aliança com a ADA, do Rio, dona do tráfico na Rocinha. A ADA é a segunda maior facção criminosa do Rio e inimiga histórica do Comando Vermelho (CV). Ali, a quadrilha paulista se aliava aos inimigos de seus inimigos.
A aproximação entre PCC e ADA vinha sendo desenhada desde 2015, quando a guerra com o CV –até então parceiro– estava se tornando inevitável. No meio do ano passado, a Polícia Civil do Rio de Janeiro notou problemas na relação entre CV e PCC quando a quadrilha liderada por Marcos Camacho, o Marcola, iniciou uma campanha de cooptação de integrantes da facção inimiga em cidades do interior, em especial naquelas próximas à divisa de Rio e São Paulo.
(Com informações da Folhapress)
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