Polícia

Família de Marielle afirma ser um dia histórico para a democracia

Os três suspeitos de encomendar a morte da vereadora foram presos neste domingo e devem ser encaminhados ao presídio em Brasília

Da Reportagem, com informações da Folhapress

Publicado em 24/03/2024 às 16:58

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Famílias de Marielle e Anderson emitiram nota em conjunto sobre prisão de mandantes / Fernando Frazão/Agência Brasil

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Após a prisão de três suspeitos de encomendar o assassinato da vereadora, a família de Marielle Franco afirmou que "hoje é um dia histórico para a democracia brasileira e um passo importante para a justiça".

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Os três presos são o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), o conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil no Rio. As prisões foram efetuadas na manhã deste domingo (24), resutado da Operação Murder Inc.

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Os nomes envolvidos são suspeitos de serem os autores intelectuais dos crimes de homicídio, de acordo com a investigação. Também são apurados os crimes de organização criminosa e obstrução de justiça.

"Neste domingo de Ramos (24), dia de celebrar nossa fé, a luta por justiça, e na liturgia o domingo que antecede a Páscoa sobre recomeços e ressurreição, acordamos com a notícia da operação conjunta da Procuradoria Geral da República, Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Federal", diz a nota assinada pela mãe Marinete da Silva, o pai Antônio Francisco da Silva Neto, a irmã Anielle Franco e a filha Luyara Santos.

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A família lembrou que aguarda há mais de seis por uma resposta sobre quem mandou matar Marielle e o por quê. Mas também destacou que ainda ninguém foi efetivamente responsabilizado pelo crime.

"É importante não perdermos de vista que até o momento ninguém foi efetivamente responsabilizado por esse crime, entre os apontados como executores e mandantes. Todas as prisões são preventivas e ainda há muita coisa a ser investigada e elucidada, principalmente sobre o esclarecimento das motivações de um crime tão cruel como esse. Mas, os esforços coordenados das autoridades são uma centelha de esperança para nós familiares", diz a nota.

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A ministra Anielle Franco (Igualdade Racial), irmã de Marielle, comemorou as prisões. "Só Deus sabe o quanto sonhamos com esse dia! Hoje é mais um grande passo para conseguirmos as respostas que tanto nos perguntamos nos últimos anos: quem mandou matar a Mari e por quê?", disse em suas redes sociais.
Ela agradeceu a Polícia Federal, o governo federal e o Ministério Público, além do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que deu as ordens de prisão.

Encaminhados a presídio

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Os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, juntamente com o delegado Rivaldo Barbosa, serão enviados para um presídio federal de Brasília. A expectativa é que os mandantes do assassinato de Marielle passem a noite presos na capital federal.

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Os três presos na manhã deste domingo foram inicialmente encaminhados à Polícia Federal no Rio. Eles têm previsão de chegada a Brasília no fim da tarde.

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Ainda não há definição se eles serão separados e para qual unidade prisional serão encaminhados. No entanto, está definido que serão levados para um presídio federal --ou mais de um.

Também neste domingo, o presidente da União Brasil, Antonio Rueda, informou que vai pedir a abertura de processo para a expulsão do deputado Chiquinho Brazão, após a sua prisão.

O partido vai se reunir na próxima terça-feira (26) para tomar uma decisão sobre o futuro do parlamentar.

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