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Polícia

Estudante agredido por PM segue em estado grave, mas sem risco de morte

De acordo com o último boletim médico, ele tem quadro estável e não há previsão de outros procedimentos cirúrgicos

Folhapress

Publicado em 02/05/2017 às 14:30

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Mateus Ferreira, 33, está internado em um hospital na capital goiana, onde é tratado por traumatismo cranioencefálico e múltiplas fraturas / Reprodução

O jovem agredido por um policial militar em Goiás na sexta (28), dia de manifestações e greve geral, segue em estado grave na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas sem risco de morte.

Mateus Ferreira, 33, está internado em um hospital na capital goiana, onde é tratado por traumatismo cranioencefálico e múltiplas fraturas. De acordo com o último boletim médico, ele tem quadro estável e não há previsão de outros procedimentos cirúrgicos.

O estudante foi atingido por um golpe de cassetete durante ato contra as reformas trabalhista e previdenciária. As imagens foram capturadas em vídeo, feito por um cinegrafista amador.

A Polícia Militar de Goiás afastou o capitão Augusto Sampaio, subcomandante da 37ª Companhia Independente, suspeito de agredir ao estudante Mateus Ferreira, 33, em protesto em Goiânia.

"O capitão foi afastado das funções de rua em função da suspeita de agressão ao estudante", afirmou o comandante-geral da Polícia Militar goiana, coronel Divino Alves de Oliveira. "Assim que tivemos conhecimento do ocorrido, já determinamos abertura de inquérito para apurar o que aconteceu."

Sampaio continua trabalhando, mas em funções administrativas internas. O período para a conclusão da averiguação é de 30 dias. Se houver denúncia, o capitão será encaminhado à Justiça Militar.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado condenou as agressões, defendeu o "direito constitucional e legítimo" de se manifestar "de forma pacífica e ordeira" e afirmou ter aberto investigação para averiguar a atuação dos policiais.

"Uma vez comprovada a autoria, [a secretaria] será rigorosa na punição administrativa e no encaminhamento para a esfera judiciária", afirmou a pasta.

A UFG (Universidade Federal de Goiás), onde Ferreira cursa ciências sociais, manifestou seu repúdio à agressão. "A UFG é histórica defensora do direito à livre manifestação e condena com veemência atos de repressão que venham a cercear esse princípio democrático."

A reportagem tentou localizar o advogado de Sampaio, mas a corporação não informou o responsável pela defesa.

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