Sindicato dos Estivadores comemora 82 anos

Categoria está em estado de greve aguardando as mudanças no setor portuário.

3 DEZ 2012 • POR • 14h06

Em meio ao clima de expectativa que navega nas águas turbulentas do seguimento portuário em razão do anúncio das novas medidas previsto para ocorrer nesta semana, o Sindicato dos Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão comemorou 82 anos no sábado (01).

A história de luta dos estivadores de Santos começou por acaso no ano de 1897, quando uma das escotilhas do vapor Salinas cedeu fazendo despencar um fardo pesando mais de uma tonelada juntamente com 14 estivadores. Como resultado da tragédia, um trabalhador morto e outros 13 gravemente feridos.

Além de dar início ao movimento operário no porto, já administrado pela Companhia Docas de Santos comandada por Cândido Gaffrée e Eduardo Guinle, o acidente foi o estopim para a fundação daquele que, anos mais tarde, se transformaria no maior e mais importante sindicato dos estivadores do país.

Depois de muitas greves que marcaram o período e o nascimento do movimento de classes, em 1 de dezembro de 1910 foi fundado o Sindicato dos Estivadores de Santos por um grupo de trabalhadores do Porto.
 
 
Politizada, a categoria logo mostrou força ao eleger deputado federal constituinte em 1946 o presidente do sindicato, Oswaldo Pacheco, pelo Partido Comunista Brasileiro. Ao lado de Pacheco, outros nomes de peso no cenário sindical nacional se sucederam à frente dos estivadores. Percy de Souza Pato, Jadié Nunes, Joaquim da Silva são apenas algumas das lideranças que marcaram época no comando da categoria, que teve em Vanderlei José da Silva o seu maior expoente.
 
Dirigida atualmente por Rodnei Oliveira da Silva, o Nei, a entidade laboral conta com aproximadamente 5 mil homens, entre trabalhadores ativos e aposentados. "Cabe aqui um parabéns a toda família estivadora que celebra os oitenta e dois anos do sindicato e segue mais fortalecida do que nunca diante das adversidades", disse. Filho do ex-presidente Vanderlei, Rodnei está em seu quarto mandato liderando a mais numerosa categoria de trabalhadores avulsos que atua nos portos brasileiros.
 
Segundo ele, a expectativa é grande diante das mudanças que o governo promete para o setor. "A decepção com o Governo Federal que nos alijou deste processo é tão grande quanto a preocupação, uma vez que não sabemos o que poderá vir pela frente com esse novo pacote".

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