Advogado diz ter liminar que suspende pagamentos da Caixa ao Timão

A liminar foi concedida pelo juiz Altair Antonio Gregório, da 6ª Vara do Tribunal Regional Federal do Rio Grande do Sul

28 FEV 2013 • POR • 20h04

Uma ação popular, movida pelo advogado Antonio Beiriz, suspendeu os pagamentos da Caixa Econômica Federal ao Corinthians. O clube e seu principal patrocinador dizem ainda não ter sido notificados, mas Beiriz afirma ter uma liminar que impede qualquer repasse do banco.

A liminar, que pode ser contestada e eventualmente cassada, foi concedida pelo juiz Altair Antonio Gregório, da 6ª Vara do Tribunal Regional Federal do Rio Grande do Sul. Ele viu legitimidade na argumentação do advogado de que o contrato de patrocínio do banco estatal a uma instituição privada é lesiva ao patrimônio publico.

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“Não representa nada para o banco estampar o nome na camisa de um time, a Caixa não passa a ser conhecida por isso. Quem ganha é só a instituição privada que visa o lucro, o Corinthians. Patrocinar um clube de futebol não dá retorno nenhum”, afirmou Antonio Beiriz à Rádio Globo.

O advogado disse ter entrado com uma ação para receber informações sobre o contrato, que renderia R$ 30 milhões por ano ao Alvinegro. Como não obteve resposta que julgou satisfatória, pediu a liminar concedida no Rio Grande do Sul.

“A Caixa nunca me tirou as dúvidas. O juiz pediu as informações para a Caixa, também não deram. Isso me autoriza a entrar na Justiça”, contou Beiriz, prevendo uma tentativa de cassação da liminar por parte do clube, que pode continuar exibindo a marca do banco. Por ora, só não pode receber por isso.

Apesar de todo esse esforço para saber detalhes sobre o negócio entre Caixa e Corinthians, Antonio Beiriz disse que desconhecia os acordos do banco estatal com outros clubes, como Atlético-PR, Figueirense e Avaí. Gremista, afirmou que tomaria a mesma atitude se o patrocinado fosse o seu time.

O advogado, então, foi lembrado que o principal patrocinador do Grêmio é o Banrisul. “Mas o Banrisul é uma sociedade anônima, apesar de ter uma parte do Estado do Rio Grande do Sul, sim”, respondeu.