Conselho gestor da Cadeia Velha segue indefinido

Em julho, foi anunciado que, após a reabertura, haveria uma gestão compartilhada liderada pela Prefeitura, com um conselho formado por integrantes do Estado e da sociedade civil

1 SET 2015 • POR • 17h22

Ainda não há detalhes do futuro conselho que administrará a Cadeia Velha de Santos, espaço em reforma desde início de 2012. O patrimônio histórico atualmente aos cuidados do Governo Estadual se tornará daqui a cinco meses num centro cultural de artes integradas, após audiência do Poder Público com a classe artística da Baixada Santista.

Em julho, foi anunciado que, após a reabertura, haveria uma gestão compartilhada liderada pela Prefeitura, com um conselho formado por integrantes do Estado e da sociedade civil.

Leia Também

Memórias do FESTA - A instigante Pagu a instigar o teatro em 58

Juca Ferreira versus Lei Rouanet

Grupo se une em prol de uma lei de fomento ao teatro

Programação têm nove dias de espetáculos gratuitos

Em entrevista, Letícia Sabatella aborda o ofício de ser artista de múltiplas linguagens

No entanto, a quantidade de conselheiros e a previsão de nomeações e de reuniões “são pontos que estão em discussão com a Prefeitura”, em nota informa a assessoria a Secretaria de Estado da Cultura. Por sua vez, a Prefeitura de Santos informou que “esta questão deve ser respondida pelo Governo do Estado, proprietário da Cadeia Velha”.

O que está definido é que o local já cogitado em se tornar museu ou municipalizado nos anos anteriores, agora “será um espaço livre de criação artística, com regras de convívio e uso a serem estabelecidos por um conselho gestor, com intuito de promover governança e gestão compartilhada”.

A diretriz do espaço será a mobilização da cena artística da região. Assim, está prevista para o centro cultural a realização de oficinas, cursos de formação e laboratórios, seminários, intercâmbios técnicos, ações de fomento, pesquisa, apoio à criação e à difusão cultural.

A Cadeia Velha de Santos é um dos edifícios coloniais mais antigos do município, construído em 1869. O prédio abrigou Casa de Câmara, Paço Municipal, Fórum e Hospital de Emergência, além de funcionar como cadeia da cidade por quase um século. Mas é no âmbito cultural que tem se destacado nos últimos anos, tendo sido ocupada pela Oficina Cultural Pagu até 2011.

Com mais de 2 mil m² de área construída, todos os espaços do térreo e do piso superior estão sendo recuperados, assim como fachadas, esquadrias e pinturas ornamentais. A obra está realizando também a adaptação de todas as áreas para receber pessoas com deficiência, além da implantação de um elevador para acesso ao pavimento superior e de todos os requisitos de segurança e de proteção contra incêndio.