Guarujá promove curso de atabaque na segunda-feira

As vagas são limitadas e as inscrições devem ser feitas, exclusivamente, na sede da Secretaria de Cultura

22 FEV 2013 • POR • 21h26

A Secretaria de Cultura de Guarujá abre, a partir de segunda-feira (25), inscrições para curso de tocadores de atabaque. As aulas serão ministradas pelo professor Luiz Carlos da Costa “Ogán de Iansan”, na Casa do Pai Bobó, em Vicente de Carvalho. As vagas são limitadas e as inscrições devem ser feitas, exclusivamente, na sede da Secretaria, que fica na Avenida Presidente Vargas, 266 – Parque Estuário.

O curso irá oferecer 20 vagas e terá duração de um ano. É destinado aos adeptos do Candomblé Angola, de Umbanda Gege, Igechá e aos apreciadores da Cultura Afro. Os alunos irão aprender os toques de todos orixás, como o Agueré, Alujá, Agó, Bravum e Setó. O professor Luiz Carlos tem 31 anos de experiência e teve como mestre o professor Juscelino Evangelista dos Santos, mais conhecido como “Airá Omoniche”.

Os interessados devem apresentar na inscrição o RG e comprovante de endereço. Os menores, com idade mínima de oito anos, deverão ser acompanhados pelos pais. As aulas terão início no dia 5 de março e serão realizadas as terças e quintas-feiras, das 18 às 19h30, na Casa do Pai Bobó, que fica na Rua Argemiro Genuíno da Silva, 60 – Pae Cará, em Vicente de Carvalho.

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O atabaque é um instrumento musical que chegou ao Brasil  pelos escravos africanos. É usado em quase todo ritual do Candomblé, Umbanda e em outras religiões afro-brasileiras influenciadas pela tradição africana para convocar os orixás, nkisis e voduns. É feito em madeira e aros de ferro que sustentam o couro.

Nos terreiros de candomblé os três atabaques utilizados são chamados de "rum", "rumpi" e "le". O rum, o maior de todos, possui o registro grave; o do meio, rumpi, tem o registro médio; o le, o menor, possui o registro agudo. O trio de atabaques executa uma série de toques que devem estar de acordo com os orixás que vão sendo evocados em cada momento da festa.

Os atabaques no candomblé são objetos sagrados e renovam anualmente esse axé. São usados unicamente nas dependências do terreiro. Não saem para a rua como os que são usados nos blocos de afoxé, que são preparados exclusivamente para esse fim. O som é o condutor do axé do orixá, é o áudio do couro e da madeira vibrando que trazem os orixás. São sinfonias africanas sem partitura.