Plano contra catástrofes globais é necessário após epidemia de ebola, diz Merkel

A Organização Mundial da Saúde foi criticada por sua vagarosa resposta aos primeiros avisos da epidemia de ebola na África

18 MAI 2015 • POR • 16h10

A crise da epidemia de ebola na África Ocidental mostrou ao mundo que um plano de catástrofes globais é necessário para combater futuras epidemias, segundo a chanceler alemã Angela Merkel.

"A batalha (contra o ebola) só será vencida se não existirem novos casos e se aprendermos com as lições desta crise: nós precisamos reagir mais cedo", disse Merkel durante a Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, Suíça, nesta segunda.

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A Organização Mundial da Saúde foi criticada por sua vagarosa resposta aos primeiros avisos da epidemia de ebola na África. Mais de 11 mil pessoas morreram desde que o primeiro caso se tornou público na área rural da Guiné, em março de 2014.

Um painel independente de especialistas está estudando a demora da OMC em responder aos sinais da epidemia. Em seu primeiro relatório, o painel declarou que "uma mudança profunda e substancial na OMC é necessária". Após analisar o que aconteceu de errado no caso, o painel disse que ainda não está claro o motivo da organização mundial ter demorado tanto para agir.

Em seu discurso, Merkel falou que a OMC precisa se tornar mais eficiente, sugerindo que a organização deve ser mais centralizada. A chanceler disse que a Alemanha pode doar 200 milhões de euros para ajudar países subdesenvolvidos a melhorarem a estrutura do seu sistema de saúde, o que ela disse ser essencial para o combate a futuras epidemias. Merkel também declarou que 70 milhões de euros seriam destinados exclusivamente aos países atingidos pelo ebola na África Ocidental.

"Se nós reagirmos e agirmos mais rápido, poderemos prevenir da melhor forma uma crise como a do ebola da próxima vez", disse a chanceler alemã para delegações de todos os países membros da OMC, que se reúnem anualmente em Genebra.

O vírus do ebola continua a se espalhar pela Guiné e Serra Leoa, enquanto a Libéria declarou estar livre da doença no começo deste mês.