Além de renovação, Palmeiras tenta lidar agora com vaias a Valdivia

Oswaldo de Oliveira procurou ser compreensivo com o chileno, responsável por algumas das poucas finalizações do time no primeiro tempo

10 MAI 2015 • POR • 12h13

Valdivia já reclamou por ver tudo que envolve seu nome atrair polêmicas e, nesse sábado, conviveu com algo novo. A organizada Mancha Alviverde, costumeira crítica do jogador mais caro do elenco, se calou em protesto contra o preço dos ingressos, enquanto o resto do estádio deixou de mostrar adoração ao meia para vaiá-lo intensamente. Mais uma característica para o clube lidar.

Oswaldo de Oliveira procurou ser compreensivo com o chileno, responsável por algumas das poucas finalizações do time no primeiro tempo, mas dono de mais uma atuação apática. Por isso, percebeu a reprovação de quem era seu fã tanto quando foi substituído como no momento em que o sistema de som e o telão confirmaram sua saída. Preferiu sair do Palestra Itália sem passar por repórteres nem dar entrevista.

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“O Valdivia está em busca de afirmação. Ele vem dessa inatividade muito grande, voltando a jogar, com a questão do contrato para renovar, que é uma pressão muito grande que todos sentimos”, admitiu o técnico, que já sofreu com os recorrentes problemas físicos de seu comandado mais caro e só pôde usar o camisa 10 seis vezes neste ano – nesse sábado, foi titular pelo segundo jogo seguido pela primeira vez.

As vaias são uma novidade em uma relação já complicada. Valdivia deve ser liberado nas próximas semanas para se preparar para a Copa América e existe a expectativa no clube até de que o meia nem volte ao final da competição – se o Chile chegar à decisão, o retorno ao Verdão seria apenas em julho.

O meia tem contrato até agosto, mas não aceita o modelo de produtividade (salário maior de acordo com a frequência), já criticou publicamente o diretor de futebol Alexandre Mattos e não gostou da primeira oferta do clube (cerca de 25% do salário atual como valor fixo e aproximadamente metade do ganha atualmente se atuar em todos os jogos do mês). Agora, sem o apoio da torcida, fica mais provável o chileno deixar de ser o jogador mais caro do elenco em breve.

Os colegas, porém, tentam mostrar apoio. “O Val é um grande jogador, todos sabem disso. Mas nunca vamos conseguir satisfazer a todos. Sabemos o grande jogador que é e, no nosso ponto de vista, foi muito bem, fez um grande primeiro tempo. Só temos que lhe dar ritmo, ele não precisa mudar nada”, incentivou Rafael Marques.