Moradores sofrem com a falta de água em São Vicente

Problemas são relatados no Parque das Bandeiras, Samaritá e Catiapoã. A Reportagem percorreu algumas ruas e encontrou equipes da Sabesp executando serviços

28 ABR 2015 • POR • 10h43

Há pelo menos 15 dias, os moradores do bairro Parque das Bandeiras e Samaritá, na Área Continental de São Vicente, sofrem com a falta de água e a baixa pressão no sistema de abastecimento, que não permite que as caixas d’água sejam cheias. Tomar banho e realizar serviços domésticos se tornou tarefa difícil para a população.

“Já faz seis dias que estou sem água em casa. Estou ligando desde o dia 25 para eles (Sabesp). Disseram que viriam em casa e até agora nada”, disse Fernanda Muniz, moradora da Rua Simão Jah Jah, no Parque das Bandeiras.

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A água volta aos poucos em alguns períodos do dia, mas sem força, não chega em todas as casas. “Ainda há pouco voltou a água, mas já faz seis dias que no meu chuveiro não tem. Agora, a conta chega rápido”, contou Fernanda.

“Estou com saudade de usar o chuveiro. Há 10 dias tenho tomado banho de balde e caneca. O carro pipa da Sabesp veio no fim de semana para encher as caixas d’água, mas não é suficiente”, disse Ueliton Hugo, morador da Rua Marcilio Dias Horneaux.

A Reportagem percorreu algumas ruas do bairro Parque das Bandeiras e encontrou equipes da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) executando serviços. Há vários pontos com cavaletes da companhia, indicando que os trabalhadores passaram pelo local. No entanto, os moradores informaram que ninguém sabe responder o que está sendo feito.

Questionada sobre o problema, a Sabesp, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que as equipes trabalham nos bairros Samaritá e Parque das Bandeiras, realizando reparos no sistema de distribuição de água e que não há prazo para o término dos serviços.

Segundo a companhia, caminhões-pipa estão de prontidão dando suporte aos moradores da região.

Catiapoã

Problema semelhante relatam os moradores do bairro Catiapoã, que fica na Área Insular do Município. Segundo eles, há pelo menos um mês o abastecimento de água é interrompido — a qualquer hora do dia e sem aviso prévio — no bairro. A Sabesp nega que haja algum problema no bairro.

“Hoje de manhã abri a torneira e não tinha água. No último feriado também não tinha e, como sempre, não somos avisados. Se tem algum problema acho que eles (a Sabesp) poderiam dar alguma explicação para a gente pelo menos”, disse a moradora Renata Aparecida Ribas.

“Está todo mundo reclamando. Geralmente acaba a água lá pelas 11 horas. Faz mais de um mês que falta água pelo menos duas vezes por semana. A minha filha já foi dispensada algumas vezes da escola por conta disso. Quando acaba a água não tem aula”, disse a dona de casa Ana Lúcia Henrique.

Contrariando os moradores, a Sabesp informou que equipes da companhia realizaram medições nas pressões de chegada de água em diversas residências de algumas vias do bairro e constataram abastecimento pleno nos locais.

Nos dois casos, a Sabesp lamenta os transtornos e informa ainda que segue à disposição durante 24 horas, por meio de sua Central de Atendimento Telefônico que atende no número 0800 0550195. A ligação é gratuita.