Cinzas do Vulcão Calbuco chegam a Buenos Aires e aéreas cancelam voos

As autoridades asseguram, contudo, que as camadas de pó estão longe do solo e não são tóxicas – apenas escureceram levemente o céu

24 ABR 2015 • POR • 15h33

As cinzas do vulcão Calbuco – que ficou inativo durante 43 anos, até entrar em erupção na última quarta-feira (22), na Patagônia chilena – chegaram a Buenos Aires nesta sexta-feira (24), levando algumas companhias aéreas norte-americanas a cancelarem ou desviarem voos com destino à capital argentina.

Alguns dos 4 mil chilenos que vivem nos municípios vizinhos ao vulcão e foram evacuados da área, puderam voltar às suas casas por algumas horas, mas o Serviço Nacional de Geologia e Mineração do Chile ainda não descartou o risco de mais erupções vulcânicas.

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A presidenta Michelle Bachelet visitou ontem (23) o município de Ensenada – a 15km do vulcão e 1 mil km ao sul da capital, Santiago. Ela disse que a prioridade, no momento, é garantir a segurança dos moradores. “Não sabemos como o vulcão vai reagir”, disse ela.

As cinzas vulcânicas, que chegaram a Buenos Aires – a mais de 1,4 mil km do vulcão – foram carregadas pelos ventos. As autoridades asseguram, contudo, que as camadas de pó estão longe do solo e não são tóxicas – apenas escureceram levemente o céu.

Por precaução, no entanto, as empresas aéreas American Airlines, United Airlines e Air France decidiram cancelar alguns voos para o Cone Sul do continente. Um dos voos da United Airlines, por exemplo, que faria a rota de Houston (nos Estados Unidos) para Buenos Aires, foi desviado para São Paulo.

Mas segundo especialista argentinos, desta vez – ao contrário do que ocorreu em 2011 – a situação deve se normalizar em breve. Ha quatro anos, o vulcão chileno Puyehyue entrou em erupção, expulsando fumaça de gases vulcânicos durante semanas, no mês de junho. Por causa da direção dos ventos, as cinzas prejudicaram principalmente a Patagônia argentina , em plena temporada de turismo.