Itália prende suspeitos de planejar ataque contra o Vaticano

A polícia italiana emitiu hoje 18 mandados de prisão aos suspeitos extremistas, incluindo dois supostos guarda-costas de Osama bin Laden, como parte de uma operação antiterrorismo

24 ABR 2015 • POR • 13h38

Extremistas islâmicos suspeitos de realizar um ataque a bomba em um mercado no Paquistão, no qual matou mais de 100 pessoas, também tinham planejado um ataque contra o Vaticano em 2010, disse Mauro Mura, procurador da Itália.

A polícia italiana emitiu hoje 18 mandados de prisão aos suspeitos extremistas, incluindo dois supostos guarda-costas de Osama bin Laden, como parte de uma operação antiterrorismo. Nove dos 18 mandados de prisão já foram executados, enquanto a polícia ainda está à procura de outros suspeitos.

Leia Também

Indonésia pode executar traficantes, incluindo brasileiro, nos próximos dias

EUA dizem que hackers da Rússia acessaram material da rede do Pentágono

Milhares de pessoas protestam contra ataques a imigrantes na África do Sul

OMS diz que malária ainda mata 600 mil pessoas por ano

Líderes da UE negociam recursos para salvar imigrantes no Mediterrâneo

Em uma conferência de imprensa em Cagliari, na Sardenha, Mura disse que escutas telefônicas indicaram que os supostos terroristas estavam planejando um ataque a bomba no Vaticano e que um homem-bomba havia chegado até Roma.

Mura disse que o plano de ataque não seguiu adiante e que o homem-bomba deixou a Itália, mas não deixou claro o motivo. De acordo com Mura, as escutas telefônicas deram "sinais de outros planos para possíveis ataques".

Os suspeitos estavam em contato direto com líderes da Al-Qaeda e do movimento Taleban no Paquistão, além de membros localizados em sete províncias italianas, disseram os investigadores.

"Acreditamos que este grupo estava envolvido na organização de muitos ataques sangrentos no Paquistão, incluindo a explosão de 2009, em um mercado em Peshawar", disse Mario Carta, um oficial da polícia em Sassari, região da Sardenha.

De acordo com o inquérito policial, que durou mais de seis anos, a rede financiava algumas de suas atividades através da imigração ilegal. "Eles fornecem contatos de empregos falsos e apoio logístico aos imigrantes que chegam na Itália e depois envolvem eles em suas atividades ilegais", acrescentou Carta.