Após protestos, empresa faz acordo e pagará operários dia 30

Após reunião com representantes do Sintracomos, PDG assume a dívida e se compromete a quitar as rescisões

23 ABR 2015 • POR • 10h37

Após uma semana de protestos, os 64 ex-funcionários da empreiteira Schahin Engenharia, em Santos, irão receber os pagamentos. Eles tiveram os vínculos empregatícios rompidos com a empresa, no último dia 2, e deveriam ter recebido a indenização até o dia 13, o que não ocorreu.

A incorporadora PDG, responsável pelas quatro torres de 20 andares erguidas na Rua Silva Jardim, no bairro Vila Nova, assumiu a quitação das rescisões. A obra foi a última com participação da empreiteira Schahin na Cidade.

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“Entre mortos e feridos, acho que agora vai dar certo. A PDG vai pagar todas as rescisões contratuais, até com as multas. No dia 30, ela deposita os pagamentos dos 64 operários”, disse Marcos Braz de Oliveira, o Macaé, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil (Sintracomos).

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O sindicato realizou uma reunião com representantes da PDG e da Schahin ontem (22). De acordo com o sindicalista, no dia 6 de maio, a empreiteira irá trazer a documentação de todos os funcionários para efetuar a rescisão. “Até para liberar o próprio direito deles de sacar o fundo de garantia e dar entrada no seguro-desemprego”, disse Oliveira.

Durante a negociação, Macaé demonstrou preocupação em relação ao pagamento da multa por atraso na quitação da rescisão. “Esse tipo de situação nunca é tranquila. Sempre é acalorada. Mas, no final, deu certo. Achei que teríamos problemas por causa do artigo 477 da CLT, que define multa por causa de atraso. Mas a PDG decidiu assumir”.

Crise

O grupo Schahin passa por dificuldades financeiras. A ramificação da empresa que cuida de petróleo e gás tem a Petrobras como principal cliente.

Neste mês, ela paralisou a operação de sondas para a estatal e deve cerca de 1 bilhão de dólares para os credores. Pela situação enfrentada, a empresa tem demitido funcionários..