Qualidade do ar na Alemoa está dentro dos padrões

O bairro é particularmente monitorado 24h em razão do incêndio nos tanques de combustíveis da Ultracargo

7 ABR 2015 • POR • 15h42

O gerente regional da Cetesb, César Eduardo Padovan Valente, garantiu nesta terça-feira (7) que a qualidade do ar na Alemoa “é boa e está dentro dos padrões”. O bairro é particularmente monitorado 24h em razão do incêndio nos tanques de combustíveis da Ultracargo. A avaliação do órgão de controle ambiental é feita com base em seu equipamento e no aparelho do Exército, o Siges.

O general de brigada e comandante da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea do Exército, João Chalella Junior, explicou que o Siges, que usa infravermelho para identificar possíveis gases tóxicos e tem alcance de cinco quilômetros, foi instalado no viaduto da Alemoa e não detectou nada de anormal.

Leia Também

Mega-Sena acumulou novamente e promete R$38 milhões

Ministério Público abre inquérito para apurar incêndio em Santos

Combate ao incêndio chega ao sexto dia consecutivo na Alemoa

Incêndio afeta operações de empresas da Margem Direita do Porto

Conselheiro Nébias tem início de restrição de estacionamento amanhã (7)

Chuva

Desde segunda-feira (6) a Estação Telemétrica da Cetesb está instalada provisoriamente no Jardim Botânico Chico Mendes e só constatou a presença de fuligem proveniente da queima do combustível. César Valente afirmou que a chuva ajudou a dispersar essas particulas na atmosfera.

O gerente da Cetesb revelou que foram recolhidos alguns peixes que apareceram mortos no Rio Casqueiro e coletadas amostras de água em cinco pontos diferentes. Todo material foi para análise para verificar a causa da morte dos pescados e se o incêndio alterou a composição química da água do rio.

Bombeiros mudam estratégia

O coronel Marco Aurélio Alves Pinto, comandante do Corpo de Bombeiros no Estado, revelou que os bombeiros mudaram a tática de combate ao incêndio nos tanques da Ultracargo. Eles deixaram de lançar água nas chamas e se concentraram no resfriamento dos depósitos de combustíveis.

A alteração foi feita em virtude da constatação de que vazamentos nos dutos da empresa estão alimentando o fogo. O rompimento nas tubulações foi causado em uma das explosões durante o incêndio.

Situação

Nesta terça, apenas um tanque queimava na parte superior. Mas esse mesmo equipamento teve as chamas apagadas no domingo e na segunda-feira, e em ambos os dias o fogo retornou porque foi alimentado pelos vazamentos. Um segundo tanque tinha uma pequena queima próxima ao solo, com as chamas também mantidas pelo vazamento.

O comandante dos bombeiros esclareceu que quando se apaga um fogo dessas proporções, gases com combustíveis ficam suspensos e podem entrar em combustão devido ao calor nas proximidades. Por isso a opção pelo resfriamento.

Pelo mesmo motivo não foi usado até agora o cold fire (fogo gelado, em português), uma espécie de espuma, importada dos Estados Unidos pela Ultracargo. “O cold fire é eficiente no combate direto ao fogo e estamos analisando o melhor momento para usá-lo, quando não tiver mais vazamento.”