Coalizão liderada pela Arábia Saudita no Iêmen pede soldados para Paquistão

A Arábia Saudita também pediu que navios e aeronaves da Marinha ajudem na campanha, disse Asif. Ele afirmou que as autoridades sauditas fizeram o pedido durante visita a Jeddah, na semana passada

6 ABR 2015 • POR • 14h39

A coalizão liderada pela Arábia Saudita para atacar insurgentes xiitas no Iêmen pediu ao Paquistão que contribua com soldados, de acordo com o ministro de Defesa paquistanês, Khawaja Muhammad Asif.

Os comentários do dirigente foram feitos em um momento em que o Parlamento da Paquistão discute se deve contribuir militarmente com a campanha contra os rebeldes iemenitas chamados de houthis. Anteriormente, o Paquistão ofereceu verbalmente apoio para a missão, mas não deu qualquer suporte militar.

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Mesmo após dias de ataques aéreos, a coalizão saudita não conseguiu deter o avanço dos houthi no Iêmen, o país mais pobre do mundo árabe, alimentando especulações de que poderia ser lançada uma operação terrestre. A Arábia Saudita e outros membros da coalizão não descartaram essa possibilidade.

A Arábia Saudita também pediu que navios e aeronaves da Marinha ajudem na campanha, disse Asif. Ele afirmou que as autoridades sauditas fizeram o pedido durante visita a Jeddah, na semana passada.

"Quero reiterar que esta é a promessa do Paquistão de proteger a integridade territorial da Arábia Saudita", disse Asif. "Se houver uma necessidade, se Deus quiser, o Paquistão vai honrar o seu compromisso".

A campanha liderada pela Arábia Saudita entrou no seu 12º dia nesta segunda-feira. O objetivo é atacar os rebeldes que tomaram a capital, Sanaa, em setembro e forçaram o presidente iemenita, Abed Rabbo Mansour Hadi, a fugir do país. Os rebeldes e as forças aliadas estão agora se focando em ações na segunda maior cidade do Iêmen, Aden, declarada capital provisória por Hadi, antes de ele fugir para o estrangeiro.

O Paquistão, de maioria muçulmana, tem laços estreitos com a Arábia Saudita, que é o lar de dois locais mais sagrados do Islã Meca e Medina. O Paquistão também tem uma minoria xiita considerável, o que complica o debate sobre o envolvimento em um conflito que está colocando cada vez mais sunitas contra xiitas.

O debate no Parlamento do Paquistão terá como objetivo decidir se o país pode se juntar ao conflito no Iêmen quando já está em guerra com militantes islâmicos e militantes aliados com grupos como a Al-Qaeda e o Estado islâmico. O Paquistão já tem quase 300 soldados participando em exercícios conjuntos com a Arábia Saudita e a maioria dos paquistaneses apoia a ideia de proteger locais mais sagrados do Islã contra ataques.