Trabalhadores vão protestar por direitos na próxima segunda em Santos

Manifestações, no Centro, serão contra medidas provisórias do Governo que restringem direitos. Concentração será na Praça dos Andradas, às 9h30, com passeata até a Praça Mauá

26 MAR 2015 • POR • 11h57

Sindicalistas da Baixada Santista, que representam e integram as centrais sindicais Força Sindical, NCST e UGT, confirmaram ontem, em reunião no Sindicato dos Rodoviários, a realização da manifestação contra o Governo Federal, a ser realizada em Santos, na próxima segunda-feira, dia 30, a partir das 9h30.

O ato, na verdade, era para ter ocorrido na última segunda-feira, mas foi transferida devido a possibilidade de negociações para retiradas das MPs 664 e 665, que restringem acesso ao seguro-desemprego e pensões por morte.

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Sindicalistas pretendem reunir dezenas de trabalhadores  para um protesto nas praças Mauá e Andradas, seguido de passeata pelas ruas do Centro de Santos.

“Além de mexer com direitos trabalhistas e previdenciários, é também  um absurdo o que o Governo pretende fazer com a terceirização de serviço. Vai precarizar o trabalho, escravizar os trabalhadores e minar as forças dos sindicatos”, diz Herbert Passos Filho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Químicos da Baixada Santista e diretor regional da Força Sindical .

E prossegue: temos que evitar que o Congresso aprove o projeto sobre este assunto. Essa será uma das bandeiras dos protestos da próxima segunda-feira, sem contar as demais e agora com um agravante: a retirada do projeto de lei que reajustava aposentadorias no mesmo índice do salário mínimo, substituindo-o por uma nova MP” , explica.

“Será um movimento sem bandeiras de partidos. Só teremos protestos contra as mudanças trabalhistas e previdenciárias e pelo não reajuste nas aposentadorias”, conclui o sindicalista.
“Nós não podemos admitir que afastamentos  de trabalhadores sejam feitos pelos médicos das empresas e não pelo INSS, conforme consta nas medidas editadas pelo Governo e enviadas ao Congresso Nacional. E também que desempregados percam seus direitos ao seguro-desemprego. Logo agora que o desemprego está crescendo e postos de trabalho vem sendo fechados”, informa Paulo Pimentel, coordenador da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) na Baixada Santista.

Aposentados também vão protestar

“Os aposentados e pensionistas vão estar nessa manifestação, pois temos que dar uma resposta à altura ao Governo, que  mexeu nas pensões, tem medo de encarar o trabalhador e aposentado  de frente e por isso mesmo governa através de medidas provisórias, sobre temas que deveriam ter amplo debate com a sociedade, via Congresso Nacional”, diz Antônio Carlos Domingues da Costa, presidente da Associação Nacional dos Aposentados, Pensionistas   (Anapi), a Força Grisalha.

Ele diz que o próximo passo do Governo será  acabar com as aposentadorias, introduzindo uma nova fórmula que é nociva aos trabalhadores que estão prestes a se aposentar. “Temos que sair às ruas, mostrar nossa insatisfação e indignação e cobrar também do Congresso Nacional um posicionamento firme contra essas medidas”, conclui.