Greve prossegue com 30% de adesão dos servidores em São Vicente

SindservSV quer negociar pagamento de dias de paralisação; reajuste não será superior a 7%. Após recuar, o sindicato evitou o pagamento da multa diária de R$ 50 mil

5 MAR 2015 • POR • 11h22

A greve dos servidores de São Vicente prossegue hoje com 30% paralisação. Diante da comprovação de que a Prefeitura não pode oferecer reajuste superior a 7%, os servidores protestam agora pelo pagamento dos dias de greve.

A  greve envolveu praticamente todas as categorias dos servidores. Muitos deixaram seus postos de trabalho e os 30% que ficaram estavam mantendo os serviços essenciais.

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A liminar, concedida pelo juiz do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJE-SP), Fábio Francisco Taborda, decidiu que os servidores vicentinos lotados nas áreas de Educação e Saúde suspendessem a greve e voltassem ao trabalho. Caso contrário, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Vicente (SindservSV) teria de arcar com uma multa diária de R$ 50 mil por descumprimento de ordem judicial.

Durante a manhã de ontem, sindicalistas, o chefe de gabinete do município, Ivo Oshiro e o secretário de Administração, José Carlos Prudêncio, estiveram em reunião.

“O prefeito ganhou uma liminar que manda voltar 70% da categoria e 30% ficar em greve. Hoje (ontem), os secretários do prefeito abriram as contas da Prefeitura, o Tribunal de Contas mostrou as contas e a Prefeitura está com um problema sério no erário. Passou o limite prudencial”, disse a presidente do SindservSV, Mara Valéria Giangiulio. 

O prefeito Luis Claudio Bili (PP) está em Brasília (DF) e não esteve na reunião. Agora, Mara Valéria quer saber qual será o posicionamento da Administração Municipal para ter uma definição sobre a continuação ou não da paralisação.

Greve

A greve foi iniciada semana passada. Os grevistas alertavam que mais do que aumento, os servidores exigem melhores condições de trabalho. Na última semana, a Prefeitura informou que, embora considere justa a reivindicação dos servidores, era impossível atender qualquer proposta de reajuste salarial com dois dígitos porque fugiria da disponibilidade financeira do Município, suplantando as possibilidades definidas no orçamento de 2015, já aprovado.

Segundo a Administração, os 7% oferecidos, índice acima da inflação, são resultado de vários esforços e estão entre os maiores concedidos à categoria nos últimos sete anos. A Administração acena para a possibilidade de descontar os dias parados, o que provocou grande descontentamento entre os servidores.

A Prefeitura ressaltou que, em todos os acordos coletivos celebrados com o sindicato, o reajuste discutido abrange além do salário base, outros benefícios como abono alimentação e cesta básica, o que eleva o impacto orçamentário.