Cidades montam 'hospitais de campanha' contra a dengue

Em Rio Claro, na região central do Estado, a prefeitura usou tendas e barracas para instalar um centro de triagem com capacidade para 300 pacientes com sintomas por dia

4 MAR 2015 • POR • 20h31

Com o avanço da dengue, municípios do interior paulista já montam estruturas semelhantes a hospitais de campanha na guerra contra a doença. Em Rio Claro, na região central do Estado, a prefeitura usou tendas e barracas para instalar um centro de triagem com capacidade para 300 pacientes com sintomas por dia. A cidade está em situação de emergência com a epidemia, com 1,8 mil casos e duas mortes.

A unidade, inaugurada na terça-feira (3), atende também aos domingos e feriados e conta com médicos, enfermeirose técnicos de enfermagem, além de equipe de apoio. As tendas possuem leitos e equipamentos para hidratação. Os casos mais graves são encaminhados para hospitais e unidades de emergência. "Na maioria das vezes, os pacientes saem daqui para completar o tratamento em casa, o que desafoga o sistema", disse o secretário de Saúde Geraldo de Oliveira Barbosa.

Leia Também

Braga confirma resolução estabelecendo aumento de etanol na gasolina

Termina protesto de sem-teto na zona sul de São Paulo

Preço da cesta básica sobe em 14 capitais, mostra Dieese

São Paulo terá plano para contornar falta de água

Ministério processa Mendes Júnior por atrasos

Em Marília, a prefeitura instalou o 'polo da dengue' anexo à Unidade Básica de Saúde Cascata, na região central, para atender pacientes com sintomas. Só os casos mais complexos são encaminhados para a rede hospitalar. O espaço tem capacidade para 150 pacientes e, além de consultas, possui estrutura para reidratação. O último balanço indica 5.811 casos de dengue na cidade.

Catanduva, na região norte, o município instalou um hospital de campanha no Colégio Jesus Adolescente, no Parque Joaquim Lopes, exclusivo para doentes com dengue. A unidade tem 70 leitos e está sempre lotada - em dias de pico, o movimento se estende à 1 hora da madrugada. Foram contratados 38 profissionais, entre médicos e equipe de apoio, para dar conta da demanda. O município está investindo R$ 300 mil por mês para manter a unidade.

A cidade chegou a 3.929 casos confirmados de dengue este ano, tendo ainda 4.459 à espera de exames. De acordo com a Vigilância Epidemiológica, já são 28 as mortes suspeitas, das quais seis já confirmadas. De acordo com a prefeitura, o caso só pode ser confirmado por exame em laboratório oficial.