Três pessoas ficam feridas em reintegração de posse em Osasco

Às 16h30, a reintegração ainda estava em andamento, de forma pacífica, e os moradores retiravam seus pertences, enquanto a PM desmontava os barracos

11 FEV 2015 • POR • 18h33

Três pessoas ficaram feridas em confronto com a Polícia Militar (PM) e a Guarda Civil Metropolitana, durante reintegração de posse de um terreno no Jardim Bonança, na cidade de Osasco, Grande São Paulo, de acordo com informação da prefeitura da cidade. Às 16h30, a reintegração ainda estava em andamento, de forma pacífica, e os moradores retiravam seus pertences, enquanto a PM desmontava os barracos.

Antes, porém, houve confronto dos ocupantes com os agentes encarregados da segurança da operação. Um homem ferido no rosto, que não quis se identificar, disse que foi atingido por bala de borracha, e apenas queixou-se da truculência da Guarda Civil Metropolitana, mas o porta-voz dos moradores da ocupação, que se identificou como Antônio Manoel da Silva, 62 anos, disse que pelo menos 11 pessoas ficaram feridas.

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Moravam no terreno, segundo ele, 2,4 mil pessoas. Todos foram para o local para fugir do aluguel. No início da manhã, foram registrados três focos de incêndio nas entradas da ocupação, feitos com barricadas e um carro. O Corpo de Bombeiros foi acionado e conseguiu apagar as chamas.

Segundo o capitão da PM Márcio Agamenon, a Guarda Civil Metropolitana de Osasco é responsável pela ação de remoção das famílias, já que o terreno pertence à prefeitura. "É uma operação de retirada de pessoas de área de risco. Foi [feito um] levantamento, e esse local pode ter risco para as pessoas, ainda mais porque é período de muita chuva. A prefeitura resolveu retirá-las para resguardá-las", acrescentou.

Quando parecia que a retirada das famílias estava controlada, começou nova correria, alguns moradores passaram a atirar pedras e policiais usaram bombas de efeito moral. A prefeitura de Osasco informou, por meio de nota, que a área ocupada pertence ao Parque Ecológico do Jardim Bonança.

De acordo com a prefeitura, foram catalogados 140 barracos no local, que é Área de Preservação Permanente (APP), e durante a ocupação foram provocados alguns crimes ambientais, como o corte de vegetação. O porta-voz e líder comunitário, Manoel da Silva, negou, contudo, que as famílias tenham desmatado área de vegetação.

Conforme o comunicado, a prefeitura “vem mantendo o diálogo, e notificou com antecedência os ocupantes para deixarem a área ocupada há menos de três meses”. Informou também que os três feridos na operação continuam sob cuidados médicos.