Danos causados por acidentes continuam sem consertos na Avenida Perimetral

Há mais de 18 meses, um caminhão derrubou o muro localizado entre a Avenida Perimetral e a Avenida Rodrigues Alves, no Macuco. O muro nunca foi reformado

29 JUN 2014 • POR • 05h38

Um caminhão que carregava 27 toneladas de algodão tombou na Avenida Perimetral, no Porto de Santos, quebrando a proteção para pedestres e derrubando parte do muro que divide a Perimetral e a Avenida Rodrigues Alves, no Macuco. O acidente ocorreu em 28 de dezembro de 2012, porém os estragos causados pelo tombamento da carreta continuam por lá, sem reparos.

O muro fica localizado em uma curva, na pista Centro/Ponta da Praia, em frente à Subestação-M, da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo). As proteções para pedestres seguem danificadas, e a parte do muro quebrado dá acesso à Av. Rodrigues Alves, onde está localizada uma parada de ônibus. Neste trecho da avenida, os pedestres que esperam pelos coletivos ficam de costas para a Av. Perimetral. Nessa parte, o controle de velocidade não é exercido pelos motoristas de carros e caminhões, que fazem a curva acima da velocidade máxima permitida na Perimetral que é de 40 km/h.

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Mais à frente no mesmo lado da avenida, um caminhão bateu em um prédio que faz parte do terreno da antiga Mesquita, instalação portuária alfandegada pertencente à Codesp. No acidente, o caminhão derrubou parte da fachada da construção que atualmente está fechada com cavaletes de madeira e faixas de segurança ‘isolando’ o local.

Além desses acidentes que vão completar dois anos, em 16 de abril, três vagões de um trem da empresa ALL que carregava soja tombou e destruiu uma parte da mureta e das telas de proteção dos trilhos, próximo à bacia do Mercado. A empresa concessionária da linha férrea afirmou à reportagem do Diário do Litoral à época, que iria reconstruir a mureta e a tela destruída pelo vagão.

Porém, foi informado pela assessoria de imprensa da Codesp que é a companhia quem está reformando a mureta e que a ALL irá ressarcir a Codesp. A assessoria afirmou que "o valor total da obra do muro derrubado por composição ferroviária da ALL ficou em R$ 17,5 mil". A conclusão da obra está prevista para o final da próxima semana, quando a Codesp emitirá fatura para que a ALL faça o ressarcimento das despesas. Nenhuma data específica e nem o prazo que a empresa terá para ressarcir o Estado foi informado.

Em resposta anterior, foi comunicado que após o conserto da mureta e das telas de proteção dos trilhos, a Codesp irá começar os reparos no muro divisório da Perimetral com a Rodrigues Alves, e no prédio da antiga mesquita. Não foi informado quem pagará o conserto.

Perguntas sem respostas

Há duas semanas, à Reportagem enviou algumas perguntas à assessoria de imprensa da Codesp, entre elas: quem paga os danos causados por acidentes na Avenida Perimetral? Se a Codesp, utilizando dinheiro público, ou as empresas contratantes dos caminhões? Quem cobra as empresas quando um caminhão derruba um muro pertencente ao Estado, ou destrói uma construção de propriedade da Codesp? Quanto tempo à empresa tem para ressarcir o Estado, e se não pagar, o que acontece? Mesmo com inúmeras ligações e emails, estas perguntas não foram contestadas.

Acidentes

Em 2013, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de Santos registrou na Avenida Perimetral 73 acidentes. Sendo 61 deles sem vítimas, e 12 com mortes. Devido a isso, a Codesp solicitou mais um radar para a avenida, que já está operando. A instalação dos radares, nos dois sentidos da pista, foi solicitada pela Codesp à CET, já que a Avenida Perimetral está na área de jurisdição da estatal. Para a CET, o local é estratégico, pois naquele ponto, há travessia de pedestres maior que em outras áreas da avenida, especialmente, para quem se dirige para o embarque das catraias, ou dos trabalhadores que atravessam em direção ao Porto.

O novo equipamento de fiscalização está localizado nos semáforos em frente à Bacia do canal do Mercado.