Museu Pelé leva segurança ao Valongo

Comerciantes da região percebem mudança no policiamento do local. 7.200 visitantes visitaram o museu desde sua inauguração, no último dia 16. Estima-se que 60% deles eram estrangeiros

26 JUN 2014 • POR • 11h03

O Museu Pelé trouxe revitalização e segurança ao Valongo. Essa é a sensação dos comerciantes que atuam no bairro, antes considerado abrigo para usuários de drogas e ações de criminosos. Inaugurado há 10 dias, o equipamento já atraiu 7.200 visitantes, segundo a Prefeitura de Santos.

“Antes (do Museu Pelé) o Valongo tinha muitos viciados usando drogas na calçada, na frente de todo mundo, durante o dia”, conta a assistente administrativa de um comércio no local, Andréa Corsini. Hoje ela afirma que a realidade é outra.

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Ontem, quando a Reportagem do Diário do Litoral esteve no Largo Marquês de Monte Alegre, onde está localizado o equipamento, encontrou a presença da Polícia Militar e da Guarda Municipal. Nenhum usuário de droga foi visto próximo ao museu.

“Perto do que tinha antes, hoje está muito melhor”, ressalta a funcionária de uma lanchonete também no local, Vanessa Lesck, a respeito do policiamento no Valongo. Segundo ela, antes da inauguração era incomum a presença da Polícia Militar na área.

A iluminação é outro ponto positivo para a sensação de segurança dos comerciantes do Valongo. Com a chegada do Museu Pelé, a luminosidade no entorno do equipamento também aumentou. “Isso inibe a ação dos criminais e usuários de drogas, que muitas vezes assaltam para comprar drogas”, conta Vanessa.

Consultada sobre o esquema de policiamento no local, a Polícia Militar explica que são utilizados programas rádio patrulha e trânsito, contando ainda com apoio da Força Tática, das Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas(Rocam) e, também, Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Militar (DEJEM).

Atração

A Prefeitura de Santos afirma que na primeira semana de funcionamento, 7.200 visitantes conheceram um pouco mais sobre a história e as conquistas do Rei do Futebol. Estima-se que 60% deles eram estrangeiros.

O museu funciona no Casarão do Valongo, do século 19 com mais de 4 mil m². Chuteiras, bolas, condecorações, troféus, medalhas e muitos outros itens fazem parte do ‘acervo real’, com 2.545 peças. O público pode apreciar vídeos, filmes, fotos e textos sobre a história de Pelé, ainda, imagens holográficas e recursos interativos.

Assaltos

Apesar da constatação da segurança no entorno do Museu Pelé, o comerciante André Barreiros, que sugeriu a matéria, afirmou que a duas quadras do equipamento turístico, local de passagem obrigatória para chegar ao museu, há uma loja de conveniência, onde ocorreram dois assaltos. “Na primeira vez um grupo de mexicanos estava na loja às 8 horas e todos tiveram seus pertences e dinheiro roubados e, na segunda, aconteceu o mesmo com três chilenos. Todos estavam de visita ao museu”.

*Matéria sugerida pelo leitor através do e-mail atendimento@diariodolitoral.com.br.