Andrés ainda corre atrás de parceiros para estruturas temporárias

O ex-presidente do Corinthians trabalha em várias frentes. Uma delas passa pela ajuda da prefeitura de São Paulo e do governo do Estado. Outra, pelo apoio da Odebrecht

28 MAR 2014 • POR • 21h10

O impasse em relação às estruturas temporárias do Itaquerão continua. Andrés Sanchez, o responsável no Corinthians pela construção do estádio, já disse que o clube vai pagar a conta, que pode chegar a R$ 60 milhões. Mas não há dinheiro. Assim, ele continua atrás de parceiros para, enfim, dar início ao trabalho de montagem e instalação de equipamentos.

Andrés trabalha em várias frentes. Uma delas passa pela ajuda da prefeitura de São Paulo e do governo do Estado. Outra, pelo apoio da Odebrecht, a construtora do estádio. "A responsabilidade é do Corinthians. A Odebrecht, o Corinthians, a Prefeitura de São Paulo e o Governo do Estado estão procurando parceiros para o pagamento das estruturas", disse ele nesta sexta-feira, por meio de sua assessoria.

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Oficialmente, tanto o poder municipal como o estadual negam envolvimento. No entanto, estão participando das negociações. Não há disposição para colocar dinheiro público ou colaborar com artifícios como incentivos fiscais. A proposta é auxiliar na busca de parceiros.

Outra alternativa negociada por Andrés: a Odebrecht arcaria com os custos das estruturas e o Corinthians teria 15 anos ressarcir a construtora. Ele contaria com o incentivo do governo federal para levar essa opção adiante. E já teria até informado alguns dirigentes e conselheiros do clube sobre esse plano.

A empresa responde de forma ambígua ao questionamento sobre essa possibilidade. "A Odebrecht Infraestrutura não confirma a informação", disse a construtora, por meio de nota.

Na Fifa, vários dirigentes dão como certo o envolvimento da Odebrecht. O secretário-geral, Jérôme Valcke, chegou a afirmar na quinta-feira confiar que a construtora "vai entregar tudo pronto" à entidade.

Parafernália

A lista das estruturas temporárias é composta de centenas de itens que a Fifa considera necessárias para jogos de Copa do Mundo. Os mais importantes, e mais caros, são os equipamentos de segurança (aparelhos de raio X, detectores de metal, câmeras), mídia (instalação de tendas equipadas com mesas, cadeiras, computadores e televisores, entre outros itens), de tecnologia da informação (recursos para produção, armazenamento, acesso e transmissão de informações) e de todo o aparato necessário para a transmissão de TV.

Tais itens consomem entre 50% e 60% do gasto total com as estruturas. Os custos variam de acordo com o tamanho e a importância do estádio. Natal, por exemplo, prevê gastar R$ 15 milhões Arena das Dunas, que terá apenas quatro jogos da Copa.

No caso do Itaquerão, a conta pode chegar a R$ 60 milhões porque o estádio terá, entre os seis jogos marcados, a abertura da Copa Assim, vai receber várias autoridades internacionais e precisa ter uma área Vip mais completa e luxuosa. Haverá a necessidade da colocação, por exemplo, de sofás cujo aluguel pode chegar a R$ 4 mil cada.

A tenda para a mídia - são esperados cerca de 4,5 mil jornalistas na abertura - pode chegar a R$ 6 milhões, segundo especialistas do mercado. E o gasto com geradores de energia é estimado em R$ 3 milhões.