Sou contrário a punições ao clube, diz Odílio Rodrigues sobre racismo

O dirigente acredita que sanções impostas ao Mogi Mirim – que teve o estádio Romildo Vitor Gomes Ferreira interditado preventivamente – não resolverão o problema

25 MAR 2014 • POR • 12h45

Ao comentar o episódio de racismo envolvendo o volante Arouca, o presidente em exercício do Santos, Odílio Rodrigues, declarou ser contra punições aos clubes. O dirigente acredita que sanções impostas ao Mogi Mirim – que teve o estádio Romildo Vitor Gomes Ferreira interditado preventivamente – não resolverão o problema.

“No primeiro momento, dá a impressão de que se tomou alguma providência. Mas há uma impunidade a quem fez isso. Tenho convicção de que os dirigentes do Mogi Mirim, a diretoria e os quadros associativos do clube não compactuam com o que meia dúzia de imbecis fizeram. Acho que isso (punições aos clubes) estimula a impunidade, porque o marginal que fez isso não está preocupado com o prejuízo que causou ao clube”, afirmou.

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As ofensas contra Arouca aconteceram no último dia 6, durante a goleada por 5 a 2 do Santos sobre o Mogi Mirim, no Romildão. Nenhum torcedor foi preso.

“Todo o sistema tem que se voltar para a identificação da pessoa que cometeu esse ato, que precisa ser punida pela lei. Punir a instituição pode ser o mais fácil, mas com certeza não é o mais efetivo”, opinou Odílio.

Além do episódio envolvendo Arouca, outros dois casos foram registrados em gramados brasileiros nas últimas semanas. No Campeonato Gaúcho, o árbitro Márcio Chagas da Silva foi xingado e encontrou bananas sobre o seu carro após o jogo entre Esportivo e Veranópolis, em Bento Gonçalves. Mandante, o Esportivo perdeu cinco mandos de campo e recebeu multa no calor de R$ 30 mil.

Assis, lateral do Uberlândia, foi ofendido por um membro da torcida do Mamoré durante partida do Módulo 2 do Campeonato Mineiro. A injúria racial foi confirmada por outras pessoas presentes no estádio Bernardo Queiroz, em Patos de Minas, e o torcedor foi preso.