Menino que morreu atropelado ao fugir de uma operação contra o crack é enterrado

Ela fugia de uma operação de acolhimento de usuários de crack no Rio de Janeiro.

10 JAN 2013 • POR • 21h51

O corpo do menino Rafael Felipe Mota Ribeiro, de 10 anos, foi enterrado hoje (10) no final da tarde, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, zona portuária da capital fluminense. A criança morreu atropelada por um carro não identificado ao tentar atravessar a Avenida Brasil. Ela fugia de uma operação de acolhimento de usuários de crack, na altura do Parque União, na entrada da Ilha do Governador.

O enterro foi custeado pela Secretaria Municipal de Assistência Social, responsável pelas operações de acolhimentos de dependentes químicos que vivem pelas ruas da cidade. De acordo com o funcionário da Santa Casa de Misericórdia, Alessandro Nascimento de Oliveira, que tratou cerimônia fúnebre, Rafael "teve um enterro digno".

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A família do menino vive em situação de extrema pobreza na comunidade Vila Cruzeiro, na Penha. A mãe, Renata, que também é usuária de drogas, chegou a ser cadastrada no Programa Bolsa Família, do governo federal, mas perdeu ao benefício por não comparecer ao Centro de Referência de Assistência Social do município e não apresentar a folha de frequência escolar dos filhos.

Um irmão mais velho da vítima esteve ontem (9) na cracolândia da Avenida Brasil a fim de tentar convencer Rafael a voltar para junto da família, mas sem sucesso. O menino estava há nove dias fora de casa.