Dia do Aposentado é comemorado sem festa

Categoria prepara hoje novas mobilizações e quer pressionar Congresso Nacional a votar projetos que recompõem as perdas dos benefícios

24 JAN 2014 • POR • 11h23

Sem motivos para comemorações, mais de 30 milhões de aposentados e pensionistas do INSS, sendo cerca de 300 mil só na Baixada Santista, vão lembrar hoje o Dia Nacional do Aposentado, realizando reuniões para preparar a pauta de luta e mobilizações para 2014.

Em Santos,  a Associação dos Trabalhadores Aposentados Metalúrgicos (Atmas) e a Associação Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Anapi), vão promover uma sessão comemorativa na sede social, à Rua São Paulo, 47, ao meio-dia, e depois sairão às ruas para distribuir um manifesto à população, relatando a luta da categoria pela recomposição das perdas salariais.

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Já o Movimento de Aposentados e Pensionistas do Litoral Paulista  (MAP-LP) vai promover uma assembleia de seus associados, no Sindicato dos Consertadores, para também definir formas de pressionar o Congresso Nacional a repor as perdas e para acabar com o Fator Previdenciário.

Perdas de 104%

“As perdas dos aposentados somam 104% e existe um projeto de lei de número 4.434 que está tramitando no Congresso Nacional há 11 anos, para repor as perdas da categoria. Temos que nos mobilizar em torno dele e pressionar os parlamentares a colocar na pauta de votação para aprová-lo, explica Antônio Carlos da Costa, presidente da Atmas e da Anapi.

Categoria se reúne no Metalúrgicos

O Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista realiza hoje, encontro dos metalúrgicos aposentados, alusivo ao Dia Nacional do Aposentado. Para o presidente da entidade, Florêncio Resende de Sá, o Sassá, não há o que comemorar. “Vamos nos encontrar, não para fazer festa e sim para discutir os problemas enfrentados pelos companheiros aposentados, como a recuperação das perdas salariais provocadas por reajustes defasados, o fim do Fator Previdenciário e outro grande problema que aflige os aposentados da categoria, como o reajuste absurdo no plano de saúde dos companheiros, ou seja, não temos o que comemorar”, diz o sindicalista.

Os metalúrgicos aposentados da extinta Cosipa (atual Usiminas), enfrentam, desde 2012, uma luta contra o aumento na mensalidade do plano de saúde da empresa (58,8%) e que o Sindicato, por meio de ação, conseguiu redução para 6,9%. E a batalha judicial ainda tramita na Justiça com recursos de ambas as partes, com o sindicato defendendo o direito dos trabalhadores.