Médicos revelam que caso é grave e que Schumacher luta pela vida

Nesta segunda-feira os médicos do hospital em Grenoble disseram que não podem apresentar um prognóstico sobre o que acontecerá com o piloto

30 DEZ 2013 • POR • 15h31

Os médicos do Centro Hospitalar Universitário de Grenoble, na França, foram cautelosos ao comentar nesta segunda-feira o estado de saúde do ex-piloto alemão Michael Schumacher, mas reiteraram que a sua situação é crítica, após ele sofrer um acidente no dia anterior, quando esquiava nos Alpes Franceses. Assim, declararam que o dono de sete títulos na Fórmula 1 luta pela sua vida.

Schumacher sofreu lesões na cabeça ao sofrer uma queda em uma pista de esqui em Meribel. Inicialmente, ele foi levado para um hospital nas proximidades, em Moutiers, mas, em razão da gravidade do caso, acabou sendo transferido para Grenoble ainda no último domingo.

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Nesta segunda-feira, em concorrida entrevista coletiva, os médicos do hospital em Grenoble disseram que não podem apresentar um prognóstico sobre o que acontecerá com Schumacher. O chefe anestesiológico Jean-Francois Payen afirmou que o dono de sete títulos da Fórmula 1 segue em estado de coma induzido. "Nós não podemos prever o futuro de Michael Schumacher", declarou, para depois destacar que a vida do alemão "corre riscos".

"Sua situação é crítica e trabalhamos hora a hora", afirmou Payen, ressaltando que a equipe de médicos ainda não pode prever as consequências do acidente. Segundo ele, agora estão preocupados apenas com o seu atual estado. "Sua vida corre risco e é uma condição muito séria. Estamos trabalhando noite e dia", completou.

Emmanuel Gay, chefe do serviço de Neurologia do Hospital de Grenoble, confirmou que Schumacher segue em coma artificial e precisou passar por cirurgia cerebral assim que foi internado. E exames apontaram lesões internas, contusão cerebral e hemorragia "Ele continua em situação critica", disse.

Na manhã de domingo, o ex-piloto alemão estava esquiando com o filho em Meribel quando caiu e bateu a cabeça em uma pedra. Payen revelou, inclusive, que Schumacher não teria sobrevivido ao acidente se não estivesse com um capacete, mesmo que ele não tenha sido suficiente para evitar lesões graves. "Alguém que tivesse sofrido esse acidente sem capacete não teria vindo até aqui (no hospital)", avaliou o médico.

Schumacher estava consciente quando os socorristas chegaram ao local do acidente, embora agitado e em estado de choque. Sua esposa e outros membros da família estão acompanhando o caso no próprio hospital, que também recebeu Jean Todt, seu ex-chefe na Ferrari e atual presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA).

Prestes a completar 45 anos - faz aniversário na sexta-feira -, o alemão já tinha se ferido gravemente no passado. Ele quebrou a perna em um acidente no circuito de Silverstone, quando corrida na Fórmula 1, em 1999. E também teve ferimentos no pescoço após um acidente de moto em fevereiro de 2009, na Espanha.

Durante sua carreira, Schumacher faturou sete títulos mundiais e venceu 91 corridas na Fórmula 1. Após o sucesso inicial com a equipe Benetton, ele se transferiu para a Ferrari e ajudou a equipe italiana a dominar o esporte. Após se aposentar em 2006, o alemão retornou à categoria em 2010 e correu pela Mercedes por três anos, dessa vez sem sucesso.