Kombi deve ganhar mais dois anos de sobrevida

A medida, prevista pela resolução 311, de 2009, do Conselho Nacional de Trânsito, entraria em vigor em 1º de janeiro de 2014, mas deve ser prorrogada para 1º de janeiro de 2016

11 DEZ 2013 • POR • 16h57

A Kombi, que está com os dias contados após 56 anos de sucesso no mercado brasileiro, terá mais dois anos de sobrevida. Isso porque o governo deve prorrogar por dois anos a entrada em vigor de uma das mais importantes medidas de segurança para o condutor de veículos no País - a exigência de que 100% dos carros produzidos no Brasil tenham air bag embutido e freios ABS.

Inicialmente, a medida, prevista pela resolução 311, de 2009, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), entraria em vigor em 1º de janeiro de 2014, mas deve ser prorrogada para 1º de janeiro de 2016. A medida também favorece outros modelos, como o Uno Mille, Celta, Clio, Ka e Fiesta Rocam.

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Em assembleia na tarde de terça-feira no pátio da Volkswagen, em São Bernardo, o secretário-geral do Sindicato, Wagner Santana, anunciou que na próxima semana o governo divulgará uma medida provisória (MP) com regras para os próximos dois anos que permite que os veículos Kombi e Gol G4 continuem na linha de produção da montadora. A ação não será apenas para a Volks, mas atingirá também as demais montadoras no País, como a GM, Ford, Fiat e Renault.

"O que deve ser proposto é que estas regras sejam realizadas de forma progressiva para que haja, em breve, um índice maior de carros produzidos com air bags e sistema ABS, ambos estabelecidos pelas normas de segurança nacional", explicou o sindicalista.

"Se hoje o mercado oferece air bags e ABS em 60% dos veículos, em 2014 deverá ser 70% e em 2015 um outro índice ainda maior. A partir de janeiro de 2016, todos os carros deverão conter as condições exigidas por lei", prosseguiu.

Segundo o dirigente sindical, na prática isso significa que a categoria ganhou estes dois anos para fazer a transição para que a Kombi e o Gol tenham essas normas de segurança, sem necessidade de discutir demissões com trabalhadores excedentes no chão de fábrica.