Clinton: Brasil tem necessidades de infraestrutura que não foram atendidas

O ex-presidente dos Estados Unidos disse que a América Latina se beneficiaria se houvesse um esforço do governo para facilitar o investimento do setor privado em infraestrutura

9 DEZ 2013 • POR • 13h42

O ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton disse nesta segunda-feira, 9, que a América Latina se beneficiaria se houvesse um esforço do governo para facilitar o investimento do setor privado em infraestrutura. Clinton conduziu a sessão de abertura do Clinton Global Initiative Latin America, no Rio.

"O Brasil tem certas necessidades de infraestrutura que não foram atendidas ainda", lembrou Clinton, durante o debate com representantes de organismos e líderes do setor privado. Segundo ele, a Austrália conquistou uma política para conduzir o investimento privado em infraestrutura que beneficia muito a economia e a população.

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A secretária executiva da Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe, Alicia Bárcena, disse que há diferenças dramáticas nas taxas de investimentos dos países da região. "O investimento é o novo paradigma na região. As taxas de investimento sempre foram muito baixas, agora estão em torno de 22%", apontou Alicia. "Acho que o setor privado não tem participado, muitas vezes pela falta de consciência. As pessoas estão com mais renda, compram mais coisas, mas ao sair para a rua não têm bens públicos", acrescentou.

Na avaliação de Ricardo Villela Marino, vice-presidente executivo do Itaú Unibanco, o Brasil ainda tem um caminho a percorrer, embora esteja no rumo certo. "Muito já foi feito nos últimos anos, reduzimos inflação, aumentamos salário. Temos uma parceria público-privado e sabemos que aumentar investimentos em infraestrutura é um ponto de amadurecimento aqui no Brasil. Ainda temos muito para aumentar nossa participação. A boa notícia é que o governo está lançando programas de reforma e regimes de concessão, financiados pelo BNDES e pelo setor privado. Com essa parceria nós podemos ajudar", apontou Marino.