Após trocas de farpas, Paulo André comparece a evento da Fenapaf

O jogador foi chamado em cima da hora e sequer havia um lugar reservado com seu nome na mesa, mas elogiou a iniciativa, sem deixar de confirmar as divergências com o sindicato

2 DEZ 2013 • POR • 15h18

A relação entre o Bom Senso FC e a Federação Nacional de Atletas Profissionais de Futebol é conflituosa desde o início do movimento dos jogadores. No entanto, nesta segunda-feira, os dois lados participaram de um debate pela primeira vez juntos. O zagueiro Paulo André, um dos líderes do grupo, marcou presença ao simpósio promovido pela Fenapaf no auditório do Museu do Futebol, no Pacaembu.

O jogador foi chamado em cima da hora e sequer havia um lugar reservado com seu nome na mesa (como os demais tinham), mas elogiou a iniciativa, sem deixar de confirmar as divergências com o sindicato presidido por Rinaldo Martorelli.

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“Pelo excesso de jogos, houve a necessidade de nos unirmos, para que expuséssemos o problema que vinha afetando a qualidade dos jogos e a saúde dos atletas. Foi assim que surgiu, através de Juan, Alex, Juninho Pernambucano, eu e outros atletas. Naquele momento, não seguimos o caminho do sindicato dos atletas, por algumas desavenças que tínhamos até lá”, afirmou o zagueiro.

O mais recente atrito entre os dois lados aconteceu na sexta-feira, quando o grupo de jogadores considerou o sindicato omisso na questão dos atrasos salariais no Náutico. Porém, Martorelli entende que os atletas não assimilaram a real função da Fenapaf.

“A acusação é de que não nos manifestamos no caso do Náutico, mas o sindicato local estava lá. O duro é que, infelizmente, não temos a possibilidade de dar conhecimento e discutir o que acontece de fato. Fica muito diz que me disse, jogando para a torcida toda hora. Quem perde muito são os atletas”, afirmou o ex-jogador, antes do início do simpósio.

Martorelli e Paulo André conversaram no sábado, mas ainda há divergências entre os lados. “Por muito tempo, os sindicatos trabalharam sozinhos, sem o apoio dos atletas. Eles também não tinham como saber as necessidades atuais. Houve certo desentendimento por parte dos atletas, que não se sentiam representados, e por parte dos sindicalistas, que não sentiam apoio”, completou o zagueiro, ainda no início do simpósio.