Presidente revela que Ney Franco está longe do alcance do Santos

De acordo com o dirigente, nenhum treinador ou jogador será procurado antes da conclusão do planejamento para a temporada de 2014, que está sendo feito pelos responsáveis de cada departamento

11 NOV 2013 • POR • 18h56

Ney Franco chegou a interessar ao Santos, mas teve o nome retirado da lista de onde sairá o treinador para assumir o time em janeiro, no lugar de Claudinei Oliveira. Embora seja novo, vencedor e gostar de trabalhar com jogadores da base, além de ter recuperado o Vitória no Campeonato Brasileiro, está fora dos planos após a experiência fracassada no São Paulo.

"Ney está longe do nosso alcance", disse o presidente em exercício, Odílio Rodrigues Filho, através da assessoria de comunicação do clube, nesta segunda-feira, negando a informação de que o treinador teria acertado as bases e se comprometido a assinar contrato após o encerramento do Campeonato Brasileiro. O motivo da desistência é que as informações que os dirigentes receberam são de que Ney Franco pede salário bem superior ao teto santista de R$ 350 mil mensais para o cargo.

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De acordo com o dirigente, nenhum treinador ou jogador pretendido será procurado antes da conclusão do planejamento para a temporada de 2014, que está sendo feito pelos responsáveis de cada departamento e será entregue ao Comitê de Gestão até o fim do mês. Em seguida, a previsão orçamentária para o próximo ano será apresentada ao Conselho Deliberativo. No futebol, o trabalho está sendo desenvolvido por André Zanotta, superintendente, e Zinho, gerente de futebol.

Logo após demitir Muricy Ramalho, no fim de maio, a direção santista entregou o time a Claudinei Oliveira, que dirigia a equipe sub-20 santista, e imediatamente tentou contratar Marcelo Bielsa e depois Gerardo Martino. Ambos recusaram o convite, sob a alegação de que só pretendiam voltar a trabalhar em 2014 - Martino é o atual técnico do Barcelona. Outro que disse não foi o ex-treinador do Fluminense, Abel Braga, e que foi procurado no dia seguinte à goleada por 8 a 0 que o Santos sofreu diante do Barcelona, na Espanha.

Depois disso, o Comitê de Gestão passou a analisar a relação custo-benefício de treinadores mais caros do mercado com seus respectivos clubes. E a conclusão foi de que até mesmo com elencos fortes nem sempre eles dão o retorno pretendido, o que não recomenda a contratação de um técnico de grife. Outro ponto negativo, do ponto de vista do Comitê, é que eles raramente têm paciência para lançar jovens promessas. O contrário do que ocorre com técnicos emergentes que fazem sucesso mesmo em condições adversas, promovem jogadores formados no clube. O que aumenta as possibilidades de Guto Ferreira ser o escolhido.