Petrobras se firma em alta e alivia queda do Ibovespa

Além da aversão maior ao risco dos investidores aos ativos brasileiros, por causa da delicada situação fiscal do País, alguns balanços ruins também penalizaram as ações

6 NOV 2013 • POR • 19h49

A Bovespa até abriu em alta, mas virou na sequência e assim ficou durante o restante do dia, mudando apenas nos ajustes, quando melhorou um pouco com a firmeza final de Petrobras. Além da aversão maior ao risco dos investidores aos ativos brasileiros, por causa da delicada situação fiscal do País, alguns balanços ruins também penalizaram as ações.

Assim, o Ibovespa terminou o dia em baixa de 0,83%, aos 53.384,60 pontos. Na mínima, registrou 53.073 pontos (-1,41%) e, na máxima, 53.857 pontos (+0,05%). No mês, acumula perda de 1,61% e, no ano, queda de 12,42%. O giro financeiro totalizou R$ 7,487 bilhões.

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Vale ON terminou com ganho de 1,69% e a PNA, de 1,38% à espera do balanço, que sai ainda nesta quarta-feira, 06. O mercado aposta em lucro de US$ 3,354 bilhões que, se confirmado, corresponderá ao dobro do visto no mesmo período do ano passado e quase oito vezes superior ao registrado no trimestre imediatamente anterior.

Já as ações da Petrobras passaram o dia entre altas e baixas, num quadro indefinido que deve se seguir até que saiam novas notícias sobre a temática do reajuste dos combustíveis. A ação ON ganhou 1,03% e a PN, depois de muito vaivém, fechou em +0,79%.

Alguns ativos em baixa nesta quarta reagiram à preocupação dos investidores com uma eventual perda do grau de investimento pelo Brasil. Isso ganhou força depois dos dados fiscais fracos de setembro e após o Financial Times ter divulgado reportagem em que coloca a questão na mesa. Segundo o texto, o Brasil poderia ser o primeiro Bric a perder o grau de investimento.

Os investidores usaram esse cenário para se desfazer de alguns papéis, como os de bancos, depois de uma puxada recente após balanços positivos do setor. Bradesco PN caiu 1,11%, Itaú Unibanco PN, -1,21%, BB ON, -2,48%, e Santander unit, -0,91%.

Mas foi o setor de construção um dos destaques de baixa da Bovespa: PDG ON caiu 8,87% e foi a segunda maior perda do índice, influenciada pelo prejuízo no terceiro trimestre. Brookfield ON perdeu 5,56%, Cyrela ON, -2,45%, Rossi ON, -5,12%, MRV ON, -2,56%. Exceção, Gafisa subiu 0,35%, também por causa do balanço de julho a setembro, onde teve lucro.

No exterior, as bolsas europeias fecharam em alta e as norte-americanas também se encaminham para o mesmo resultado. Há a perspectiva de anúncio de mais medidas de estímulo pelo Banco Central Europeu, que anuncia na quinta-feira, 06, sua decisão de política monetária. Também na quinta-feira, 07, sai a prévia do PIB dos EUA e na sexta-feira, 08, o relatório do mercado norte-americano de trabalho de outubro.

No final do pregão doméstico, o Dow Jones subia 0,67%, o S&P, 0,30%, mas o Nasdaq perdia 0,26%.