Sintraport e estivadores suspendem greve e protesto

As direções sindicais das duas categorias foram convidadas pela Odebrecht, proprietária da Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport), para uma reunião em São Paulo

4 NOV 2013 • POR • 21h16

A greve de seis horas no porto de Santos e o fechamento do acesso à cidade pela Avenida Martins Fontes, das 7 às 13 horas desta terça-feira (5), foram suspensos pelos estivadores e operários portuários do Sintraport.

Isso porque as direções sindicais das duas categorias foram convidadas pela Odebrecht, proprietária da Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport), para uma reunião em São Paulo.

Leia Também

Almirante concede entrevista: O outro lado dos fatos

Há 49 anos, navio-prisão Raul Soares era desativado em estaleiro do Rio de Janeiro

Sintraport e estiva paralisarão o Porto e a entrada de Santos

Dr Eraldo Franzese: Memórias póstumas de um advogado sindical

Desempregado terá que fazer curso

A negociação será no escritório da Odebrecht, às 10 horas desta terça-feira (5). O convite foi feito na tarde desta segunda (4) e evitou as duas atividades programadas pelos sindicatos na sexta-feira (1º).

O presidente do sindicato dos operários portuários de capatazia (Sintraport), Claudiomiro Machado Miro, considera “positiva” a iniciativa da empresa de convocar a negociação.

“Esse é o melhor caminho para a solução do impasse”, diz o sindicalista, representante dos portuários que trabalham no cais (e não a bordo, onde operam os estivadores).

“A negociação é sempre a alternativa mais democrática para a superação de problemas nas relações de trabalho. A intransigência, ao contrário, apenas aumenta os conflitos”, ressalta Miro.

Ele ressalta que a iniciativa da negociações desta terça-feira partiu da empresa: "Os sindicatos programaram a greve, a paralisação e ficaram esperando o resultado, que se concretizou no convite por parte da Odebrecht".

O sindicalista lamenta que a Embraport venha trabalhando exclusivamente com empregados vinculados, desde terça-feira (29), quando venceu um acordo que mantinha com os sindicatos.

Esse acordo estabelecia o sistema misto de 50%, que os sindicatos defenderam em reunião na quinta-feira (31), no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Brasília.

Essa proposta, rejeitada pela Embraport na capital federal, valeria até junho de 2014, quando as partes ficariam livres para agir com base na nova lei dos portos.

A empresa propôs o sistema misto até março de 2014, depois do que passaria a operar apenas com trabalhadores vinculados. Nova reunião ficou marcada para quarta-feira (6), em Brasília.