ONU: Brasil gasta R$ 7 bi ao ano com gravidez precoce

A pesquisa revela que, nos países em desenvolvimento, 70 mil meninas com menos de 18 anos dão à luz e 200 morrem por causa de complicações da gravidez ou parto, todos os dias

30 OUT 2013 • POR • 20h20

O estudo anual "Situação da População Mundial", divulgado nesta quarta-feira, 30, pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), conclui que o Brasil conseguiria acumular R$ 7 bilhões a mais na arrecadação anual se "adolescentes adiassem a gravidez até depois dos 20 anos".

A pesquisa revela que, nos países em desenvolvimento, 70 mil meninas com menos de 18 anos dão à luz e 200 morrem por causa de complicações da gravidez ou parto, todos os dias. Em todo o mundo, 7,3 milhões de adolescentes se tornam mães a cada ano, das quais 2 milhões são menores de 15 anos. O estudo estima um aumento para 3 milhões até 2030, se a tendência atual for mantida.

Leia Também

Lula nega ser favorável a projeto de BC independente

Consumo de energia elétrica sobe 2,7% em setembro

Hidrovias no País perdem em importância, diz EPL

Lula: começaria de novo meu governo pelo combate à fome

Kassab diz que desconhece fraudes na Prefeitura de SP

O documento do estudo intitulado "Maternidade Precoce: enfrentando o desafio da gravidez na adolescência" aborda, entre outras questões, "as implicações da gravidez na adolescência e o que pode ser feito para garantir uma transição saudável e segura para a vida adulta".

O estudo destaca ainda as consequências da maternidade precoce e não planejada para "a saúde, educação, emprego e direitos de milhões de meninas em todo o mundo, o que pode se tornar um obstáculo ao desenvolvimento de seu pleno potencial". Uma das consequências da gravidez na adolescência apontadas pelo relatório é a taxa de abortos inseguros realizados anualmente em países em desenvolvimento: até 3,2 milhões, envolvendo jovens de 15 a 19 anos.