25 de Abril de 2024 • 23:45
O presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, admitiu, nesta quarta-feira, 30, que as hidrovias brasileiras nunca terão a mesma importância das ferrovias e rodovias no País, mas afirmou que o governo pretende busca atrair a iniciativa privada também para este modal de transportes.
"O Brasil precisa mais de ferrovias e de rodovias, mas isso não significa que não devemos ter hidrovias. Trabalhamos com a modelagem para trazermos iniciativa privada também para hidrovias, que requerem grandes investimentos. Estamos trabalhando no piloto da hidrovia do Tocantins", disse Figueiredo, durante videoconferência "Rumos da Indústria" realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Segundo ele, o Brasil não possui um rio comparável ao Mississipi. Por isso, o País nunca vai ter um transporte por hidrovias como os Estados Unidos, argumentou. Figueiredo destacou os rios da Região Norte como hidrovias viáveis com suporte a grande movimentação de cargas, como o Madeira, Tapajós, Amazonas e Tocantins. "Mas também precisamos ver como a carga chega e sai de outras hidrovias. Nos rios São Francisco e Tietê não há ligação direta com os portos, portanto essas hidrovias precisam de integração com outros modais", explicou.
Para Bernardo, é importante melhorar a preparação dos projetos de infraestrutura. O governo vem enfrentando uma série de dificuldades para conseguir leiloar concessões de logística, como o Trem de Alta Velocidade (TAV) - que foi adiado por pelo menos um ano - e a BR-262 - cujo leilão deu "vazio". "O PAC mudou a relação do governo com infraestrutura desde 2007, mas precisamos melhorar a preparação dessas ações para que elas possam ser contratadas com eficiência", completou.
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