Desmontado esquema de fraude na gestão Kassab

Agentes da Prefeitura, do Ministério Público, das polícias civil e federal participam da ação e estiveram na casa dos suspeitos pela manhã

30 OUT 2013 • POR • 14h01

Uma operação deflagrada na manhã desta quarta-feira, 30, pelo Ministério Público Estadual (MPE) e pela Controladoria-Geral da Prefeitura, prendeu quatro funcionários municipais acusados de receber propina para liberar empreendimentos imobiliários em São Paulo. Há indícios da ação da organização criminosa pelo menos desde 2010, durante a gestão de Gilberto Kassab, causando um prejuízo de cerca de R$ 500 milhões aos cofres públicos.

Os presos são o ex-subsecretário municipal de Finanças, Rolilson Bezerra Rodrigues, o ex-diretor de arrecadação, Eduardo Horle Barcelos, e os auditores Carlos Augusto Di Lallo Leite do Amaral e Luis Alexandre Cardoso Magalhães. Eles ocupavam cargos de confiança na gestão Kassab e, embora tenham sido exonerados desses postos por Fernando Haddad, seguiam como servidores municipais.

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Agentes da Prefeitura, do Ministério Público, das polícias civil e federal participam da ação e estiveram na casa dos suspeitos pela manhã.

As investigações, iniciadas há seis meses, mostram que o grupo recebia o dinheiro de construtoras para providenciar a guia de quitação do ISS. O documento é fundamental para que as empresas consigam o habite-se de seus empreendimentos, sem o qual as obras não podem ser entregues. Sem ele também não é possível liberar a parcela final do financiamento das construções.

Para o prefeito Fernando Haddad (PT), esse é "um dos maiores escândalos já descobertos na cidade".

Além da prisão dos suspeitos, a Justiça decretou o congelamento de bens e a realização de busca e apreensão em ao menos cinco endereços na manhã desta quarta. A suspeita contra os funcionários começou em março, quando a Controladoria do Município detectou que eles tinham patrimônio pessoal incompatível com a renda.