Mercedes-Benz estima alta de 5% nas vendas de caminhão em 2014

Apesar de otimista em relação ao País, o presidente da Mercedes no Brasil, Philipp Schiemer, criticou a falta de infraestrutura do Brasil e, principalmente o custo de produção local

22 OUT 2013 • POR • 16h17

O presidente da Mercedes-Benz do Brasil, Philipp Schiemer, estimou nesta terça-feira, 22, uma alta de 5% nas mercado de caminhões no Brasil entre 2013 e 2014, para 158 mil unidades comercializadas no próximo ano, graças à expectativa de safra recorde, às demandas crescentes da construção civil, de atacadistas e varejistas, além da Copa do Mundo. "O PIB (Produto Interno Bruto) vai crescer 2,5%, mas pode surpreender. Junto com o financiamento, e esperamos uma renovação do Finame para todo o ano de 2014, o mercado vai crescer 5%", disse Schiemer durante o Congresso Autodata, em São Paulo.

Por outro lado, Schimer estima que o mercado de ônibus ficará estável em 2014, em 30 mil unidades, justamente por conta da polêmica sobre as tarifas de transporte coletivo, as quais causaram as ondas de protesto em 2013. "Sem acordo das tarifas o mercado não vai ter possibilidade de renovar a frota como pensamos inicialmente e teremos a demanda pior", avaliou o presidente da Mercedes-Benz. "As manifestações, junto com a desvalorização do dólar trouxeram muita incerteza para o mercado, mas o pior já passou".

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Schiemer ratificou que irá fazer o anúncio de investimento da empresa no setor de veículos comerciais para os próximos anos durante a da Feira Internacional do Transporte (Fenatran), na próxima semana. Ele lembrou que os investimentos independem dos R$ 500 milhões já anunciados para a construção de uma fábrica de veículos em Iracemápolis (SP).

Ainda sem dar detalhes, Schiemer sinalizou que os investimentos no setor de pesados serão para nacionalizar até 100% dos caminhões produzidos no Brasil até 2014, principalmente o extrapesado Actros, cujo índice de nacionalização chega a 60%, segundo ele.

Apesar de otimista em relação ao País, Schiemer criticou a falta de infraestrutura do Brasil e, principalmente o custo de produção local.