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Economia

BNDES: Petróleo terá aportes de R$ 458 bi até 2016

Segundo o estudo da Área de Pesquisa e Acompanhamento (APE) do BNDES, os aportes totais na economia chegarão a R$ 3,982 trilhões no período, alta de 26,3%

Publicado em 21/10/2013 às 13:41

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Mesmo sem contar os novos projetos trazidos pelo leilão de Libra, a primeira área do pré-sal a ser licitada - em certame marcado para esta segunda-feira, 21, no Rio -, os investimentos no setor de petróleo e gás crescerão em R$ 54,4 bilhões entre os anos de 2013 e 2016, somando R$ 458,3 bilhões, segundo mapeamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Segundo o estudo da Área de Pesquisa e Acompanhamento (APE) do BNDES, os aportes totais na economia chegarão a R$ 3,982 trilhões no período, alta de 26,3% ante o ciclo 2009-2012 (aí considerados os investimentos realizados).

Os investimentos na indústria, incluindo petróleo e gás, somarão R$ 1,1 trilhão, nas projeções do banco, volume 24,3% superior aos investimentos do período 2009-2012. Em relação à projeção de investimentos anterior (2013-2016), feita pelo BNDES em fevereiro, foram adicionados R$ 66,77 bilhões.

As projeções do BNDES para o setor de petróleo e gás não incluem projetos a serem adicionados após o leilão de Libra, nem os da 11ª Rodada de licitações da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que ofertou novos blocos de exploração, em maio passado.

As projeções do BNDES para o setor de petróleo e gás não incluem projetos a serem adicionados após o leilão de Libra (Foto: Divulgação)

"O resultado (do leilão de hoje) pode indicar um investimento maior. Portanto, há um viés de alta nos investimentos", diz o superintendente da APE, Fernando Puga, destacando o peso do setor de petróleo, independentemente do pré-sal.

Segundo os técnicos do BNDES, faltam informações sobre os investimentos relacionados à exploração do campo de Libra. O plano de negócios da Petrobras e demais petroleiras é a principal fonte de informações para mapear os projetos de investimento no setor.

Ainda assim, valores e andamentos dos projetos são analisados com olhar "conservador". Segundo Puga, a Petrobras tem apresentado seu plano de negócios com dois cenários.

"Dentro dessa pesquisa tem um julgamento do que vai ser investido. No caso da Petrobras, estamos pegando o número mais conservador", diz Puga, destacando que a opção não se deve a "ceticismo".

Apesar do avanço em petróleo e gás, o comportamento de cada setor da indústria é distinto. Dos nove setores mapeados, houve elevação nos investimentos projetados em apenas três.

Seis deles deverão investir menos: as indústrias do setor extrativo-mineral, de papel e celulose, química, siderúrgica, eletroeletrônica e aeronáutica.

Segundo Puga, o investimento industrial responde a uma mudança de composição, marcada pela crise internacional, na qual os setores voltados para o mercado interno ganham mais dinamismo, em detrimento daqueles voltados para commodities e exportações.

Concessões

Com relação aos investimentos em infraestrutura, o estudo do BNDES projeta R$ 509,7 bilhões no ciclo de 2014-2017, numa composição em que os aportes em logística conquistam espaço, turbinados pelas concessões ao setor privado.

O mapeamento também projeta que a taxa de investimentos pode chegar a 22,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018, caso as concessões de infraestrutura sejam contabilizadas. Sem elas, a taxa ficará em 20,6%. Segundo Puga, a simulação leva em conta um crescimento médio anual de cerca de 4% até 2018. Por causa das concessões, a Área de Infraestrutura (AIE) prevê que a logística responderá por metade de seus desembolsos em 2015, igualando o peso dos projetos de energia elétrica.

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