Corinthians desiste de rigidez e, com um golzinho, volta a vencer

O resultado de que o pressionado Tite precisava para respirar foi obtido, e a equipe do Parque São Jorge, com 40 pontos

19 OUT 2013 • POR • 23h19

O Corinthians mudou sua forma de jogar e voltou a vencer. Não foi nada de encher os olhos, mas a equipe desistiu de sua rigidez tática habitual e ao menos conseguiu um golzinho, algo que não havia feito nos jogos anteriores. Assim, em Itu, onde atuou por punição do STJD, derrotou o Criciúma por 1 a 0.

Com uma formação bem mais móvel, sem tanta obrigação de voltar dos quatro homens de frente, o time alvinegro adiantou suas linhas e pressionou no primeiro tempo. No segundo, chegou à rede em batida de escanteio de Douglas, na qual Alexandre Pato cabeceou livre.

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Houve sustos nos minutos finais, sobretudo nos erros de posicionamento de Edenílson como lateral direito. De qualquer maneira, o resultado de que o pressionado Tite precisava para respirar foi obtido, e a equipe do Parque São Jorge, com 40 pontos, ganhou distância de oito da zona de rebaixamento, onde segue o Criciúma, com 32.

A partida marcou a volta de Renato Augusto, que suportou bem os 45 minutos em que esteve em campo após dois meses de ausência e será opção contra o Grêmio, na quarta-feira. A má notícia para os alvinegros foi a contusão muscular de Cássio, que dificilmente terá condições de atuar no Sul, nas quartas de final da Copa do Brasil.

Mobilidade e pressão

Na tentativa de resolver os problemas do Corinthians, Tite apostou em um time mais móvel. Alexandre Pato era o centroavante, mas tinha total liberdade de deslocamento. Edenílson e Romarinho tinham um posicionamento bem menos rígido do que o habitual, sem a mesma obrigação de marcar.

Assim, o que se viu no primeiro tempo foi um time menos previsível, menos duro do que o normalmente observado em seu 4-2-3-1. É verdade que o adversário não era o mais complicado, mas equipe adotou uma marcação adiantada, com os volantes Ralf e Guilherme frequentemente à frente, e pressionou.

Com dez minutos de jogo, a bola já havia pipocado na área do Criciúma algumas vezes. Galatto teve de trabalhar em finalizações de Guilherme e Ralf, contando com sua defesa para que o rebote não fosse aproveitado. E a formação visitante não conseguia se organizar para os contra-ataques.

Aos 19, aconteceu um lance que não mudou propriamente a história do jogo, mas deixou os corintianos preocupados. Após uma reposição de bola com a mão, Cássio sentiu lesão na parte de trás da coxa direita e saiu do campo amparado, substituído por Walter.

Como o Criciúma pouco incomodava, não chegou a fazer diferença no primeiro tempo. Se não foi possível manter um ritmo tão forte, o Corinthians seguiu no ataque e teve sua melhor chance em passe de Guilherme para Douglas, que pegou mal. Romarinho também levou perigo em giro de pé esquerdo.


Enfim, o gol
No intervalo, Tite promoveu o retorno de Renato Augusto, que não atuava desde 18 de agosto. Ele substituiu Alessandro, colocando Edenílson na lateral direita. O Criciúma não mexeu e seguiu apostando em faltas frequentes, vendo a bola constantemente em sua área.

Aos 14, um cruzamento finalmente deu resultado. Foi em batida de escanteio de Douglas, da esquerda. Alexandre Pato subiu com muita liberdade, com Henik pregado no chão, e acertou o canto direito de Galatto para findar um longo jejum do ataque alvinegro.

O jogo ficou sob controle do Corinthians até os dez minutos finais, quando Lins – de longe, o melhor jogador do Criciúma – começou a aparecer com liberdade. Ele teve a melhor chance em um cruzamento da direita e cabeceou sozinho no bico da pequena área, errando o alvo. O placar não foi mais mexido.