Válter Suman pode retornar à Prefeitura de Guarujá após recurso

Conforme apurado, defesa do prefeito ingressou com um recurso junto ao TRF 3ª Região, que será julgado na terça

7 MAI 2022 • POR • 07h00

A informação é extraoficial. O prefeito afastado de Guarujá, Válter Suman (PSDB) poderá, a partir de quarta-feira (11) da semana que vem, reassumir suas funções na Prefeitura.

Isso porque, conforme apurado pela Reportagem, a defesa de Suman ingressou com um recurso junto ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que será julgado na terça-feira (10).

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Ela solicita a reintegração do prefeito até que a Justiça 'bata o martelo' definitivamente em relação ao processo movido pelo Ministério Público Federal (MPF), que ensejou à Operação Nácar.

A Reportagem tentou ontem falar com o advogado de Suman, Edson Asarias, mas não obteve retorno à ligação. Sua assessoria informou que um retorno só poderia ocorrer na segunda-feira (9).

COMISSÃO

Paralelamente, na terça, dia em que a Justiça aceita ou nega o recurso de Suman, a Comissão Processante, formada pelos vereadores Fernando Martins dos Santos, o Peitola (MDB), Santiago Angelo (PP) e Carlos Eduardo Vargas (PTB), depois de analisar a defesa do prefeito afastado, decide se dá prosseguimento ou arquiva o pedido de impeachment, de autoria do engenheiro José Manoel Ferreira Gonçalves, pela mesma questão.

NÁCAR

A Nácar apura fraudes nas contratações das áreas da saúde e da educação realizadas pela Prefeitura de Guarujá. A investigação tem como objetivo o combate de possíveis crimes de corrupção, desvios de recursos públicos e outros crimes correlatos, envolvendo verbas federais.

O desembargador federal Nino Oliveira Toldo, da 4ª. Seção do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, decidiu pelo afastamento de Suman.

Além da suspensão do prefeito de suas funções, a segunda fase da Operação Nácar 'derrubou' dois secretários de Guarujá: Sidnei Aranha (Meio Ambiente) e Edilson Dias (Desenvolvimento e Assistência Social). Suman se encontra com tornozeleira eletrônica.

VEREADORES

No mesmo processo, o MPF acusa seis vereadores de receber supostas vantagens indevidas; troca de favores em relação a indicação de cargos comissionados e peculato - funcionário público que, em razão do cargo, tem a posse de bem público, e se apropria ou desvia o bem, em benefício próprio ou de terceiros.

São eles o presidente da Casa, Edmar Lima dos Santos, o Juninho Eroso (Progressistas), Mário Lúcio da Conceição (PSB); Walter dos Santos, o Nego Walter (PSB); Sirana Bosonkian (PTB); José Francinaldo Ferreira de Vanconcelos, o Naldo Perequê (PSB) e Santiago dos Santos Ângelo (Progressistas)

Um abaixo-assinado, com 500 nomes, pedindo a abertura de uma comissão de ética para apurar a conduta dos seis vereadores supostamente envolvidos, foi arquivado. O Ministério Público Estadual (MPE) foi acionado, mas ainda não se manifestou.