PF desarticula grupo ligado ao tráfico de cocaína para a África e cumpre mandados em Guarujá

O aprofundamento das investigações permitiu identificar que o destino da droga era o continente africano, em um ponto marítimo próximo da costa da Namíbia

16 SET 2021 • POR • 09h00
A Polícia Federal tem registrado aumento no número de apreensões de cocaína nos portos - Polícia Federal / Divulgação

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (16) a Operação Coroa, em continuidade à investigação instaurada para desarticulação de um grupo responsável pela exportação de 2,8 toneladas de cocaína no início de julho último, quando sete pessoas foram presas em flagrante após interceptação de embarcação pesqueira na foz do rio Itajaí.

O aprofundamento das investigações permitiu identificar que o destino da droga era o continente africano, em um ponto marítimo próximo da costa da Namíbia, onde possivelmente aconteceria o transbordo da droga para outra embarcação.

Leia Também

Prefeito de Guarujá, Válter Suman, e secretário Nicolau são presos em operação da PF

Receita Federal apreende mais de meia tonelada de cocaína no Porto de Santos

Operação conjunta apreende 1.854 kg de cocaína no Porto de Santos

Após o flagrante ocorrido no dia 3/7/2021, diligências policiais permitiram identificar a participação de mais oito pessoas envolvidas no financiamento das ações criminosas e na logística de transporte da droga até a embarcação. Mediante representação policial, a Justiça Federal em Itajaí/SC autorizou a prisão desses oito participantes identificados na segunda fase das investigações.

Cerca de 50 policiais federais estão dando cumprimento a 10 mandados de busca, apreensão e sequestro de bens nas cidades catarinenses de Itajaí, Camboriú, Navegantes e Penha, além de Salvador e Porto Seguro na Bahia e Guarujá em São Paulo. Também estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva e sete de prisão temporária.

As investigações já possibilitaram o sequestro de mais de R$ 1,6 milhão em patrimônio da organização. Com o apoio da SENAD/MJ e mediante autorização judicial, esses bens apreendidos serão levados a leilão e o dinheiro arrecadado reverterá em ações de prevenção ao uso e ao tráfico de drogas.

Os investigados responderão pelos crimes de tráfico e associação para o tráfico, com previsão de 3 a 15 anos de prisão, além do perdimento dos bens utilizados nas ações criminosas.