Quatro embarcações e carro de luxo são apreendidos em operação policial na Região

Sócios de empresa suspeita de conseguir dinheiro ilícito com práticas de estelionato pelo Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope)

16 AGO 2021 • POR • 19h45
Lamborghini ano 2008 foi apreendida em Praia Grande - Divulgação/Dope

Uma operação do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) apreendeu quatro embarcações e um carro de luxo em Praia Grande e São Vicente. A suspeita da Polícia Civil é de que os bens foram comprados com dinheiro obtido por meio de estelionato. A apreensão aconteceu na última sexta (13)

Denominada 'Operação Matrioska II', a ação é a continuação de outra feita pela divisão de capturas do Dope, que também apreendeu bens do mesmo grupo no último dia 9, na Capital - oito automóveis de luxo, oito notebooks, 12 celulares e documentos referentes à empresa utilizada para aplicar os golpes. Foi na primeira operação que os policiais descobriram que haviam outros bens no litoral paulista.

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Desta forma, na sexta, as equipes encontraram uma Lamborghini ano 2008 em Praia Grande e as quatro embarcações em uma marina em São Vicente, todas pertencentes aos investigados. O carro foi conduzido à sede da Divisão de Capturas do Dope. Segundo o órgão, a polícia aguarda a perícia nos equipamentos apreendidos e deve ouvir os envolvidos.

Investigação

Conforme o Dope, as pessoas que tiveram os bens apreendidos têm relação com uma empresa que presta consultoria em contabilidade. Segundo a investigação, as vítimas são empresários, que são procurados pelos suspeitos e informados de que têm um dinheiro para receber da Receita Federal.

Ainda de acordo com a polícia, a fraude ocorre quando a empresa suspeita é contratada. De posse de uma procuração específica, ela acessa a conta da empresa vítima, promovendo alterações nos dados de pagamentos anteriores. Quando o crédito indevido é depositado na conta da empresa vítima, os honorários de 30% são repassados aos estelionatários.

Semanas depois, a auditoria da Receita Federal percebe a adulteração dos valores e passa a cobrar a devolução por parte empresa vítima. Ainda segundo o Dope, os suspeitos buscam formas de não responder nem atender ligações das vítimas, evitando lidar com o problema causado. O pedido de prisão temporária dos investigados foi indeferido e os suspeitos devem ser ouvidos para o prosseguimento das investigações.