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A indústria paulista demitiu mais 32,5 mil trabalhadores em janeiro. Em dezembro, 130 mil industriários já haviam perdido seus empregos. Pesquisa de Nível de Emprego do Estado referente ao primeiro mês do ano realizada pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (DEPECON) da Fiesp e do Ciesp revela queda de 1,86% no universo de um milhão de trabalhadores empregados nas indústrias do Estado. O resultado é o pior em sete anos para o mês de janeiro.
“Inauguramos 2009 com perda de vagas em janeiro, diferentemente do que ocorreu em anos anteriores. Na pior das hipóteses, havia estabilidade no primeiro mês do ano”, afirmou o diretor-titular do DEPECON, Paulo Francini.
Segundo a pesquisa, este foi o pior janeiro da série histórica iniciada em 2005 — pela nova metodologia de apuração —, e também desde 2002, período compreendido pela antiga série. “O mundo nunca assistiu a uma crise desta dimensão que vemos agora”, reforçou Francini. Em relação a janeiro de 2008, houve perda de 54,5 mil vagas (-2,22%).
Baixada Santista
A Baixada Santista criou e fechou vagas na indústria, em janeiro. A Regional Ciesp de Santos que compreende seis municípios (Santos, São Vicente, Praia Grande, Itanhaém, Peruíbe e Mongaguá) apresentou crescimento de 0,48% em empregos, em janeiro. Mas, este índice é inferior ao de janeiro de 2008 (0,93%). No acumulado dos últimos 12 meses, a região de Santos apresentou queda de 4,62% nos postos de trabalho.
Já as indústrias de Cubatão, Guarujá e Bertioga que compreendem a Regional Ciesp de Cubatão demitiram 1,25% de seus trabalhadores em janeiro. Os setores com o maior número de demissões foram o de Produtos Químicos (2,10%) e Metalúrgica (0,89%). Em janeiro de 2008, ao contrário, o índice de vagas abertas foi de 0,18%. Porém, na somatória dos últimos 12 meses houve um crescimento de 0,80% nas oportunidades de trabalho.
Apesar do quadro de desemprego apresentado na pesquisa, o diretor titular da Regional Ciesp de Santos, Ronaldo de Souza Forte, disse que acredita em uma reversão da crise na indústria. “Eu acredito que o momento é de instabilidade econômica e social, mas também acredito que haverá uma reversão desse quadro.
Ontem (quinta-feira) o governador (José Serra) anunciou um pacote de R$ 21 bilhões que atenderá empresas e trabalhadores, incluindo renúncia fiscal e a manutenção de um milhão de empregos no Estado”.
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