Mundo

Cápsula do tempo de 1822 é encontrada em museu alemão e revelações impressionam

Ao escavar a entrada principal do edifício para instalar novos encanamentos, engenheiros localizaram uma pedra fundamental datada de 1822

Ana Clara Durazzo

Publicado em 05/11/2025 às 10:30

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Dentro da estrutura, os profissionais encontraram uma placa de chumbo com inscrição legível, datada de 1º de agosto de 1822, descrevendo a cerimônia de fundação do prédio / Divulgação/Associação Regional da Renânia

Continua depois da publicidade

Um achado arqueológico surpreendeu historiadores e especialistas durante obras de renovação no Museu de História da Arte de Bonn. Ao escavar a entrada principal do edifício para instalar novos encanamentos, engenheiros localizaram uma pedra fundamental datada de 1822, que funcionava como uma verdadeira cápsula do tempo.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Dentro da estrutura, os profissionais encontraram uma placa de chumbo com inscrição legível, datada de 1º de agosto de 1822, descrevendo a cerimônia de fundação do prédio. O documento cita nomes de figuras importantes da vida política e acadêmica da Alemanha no século XIX, revelando detalhes inéditos sobre os bastidores da construção.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Carro enterrado em 1975 como cápsula do tempo ressurge 50 anos depois em perfeito estado

• Nova espécie pré-histórica é uma das maiores revelações científicas recentes no Brasil

• São Vicente cria 'cápsula do tempo' com cartas que serão abertas daqui há 10 anos

Entre os mencionados estão o chanceler Carl Fürst Hardenberg, o ministro Altenstein, o reitor Gratz, o professor de anatomia Mayer e o prefeito Windeck. O registro também destaca os responsáveis pela obra: o inspetor Waeselmann, o supervisor Stier Ld Leydel, o assistente Brambach e o mestre pedreiro Quantius.

'Uma cápsula do tempo'

A descoberta foi documentada pelo Escritório de Preservação de Monumentos Arqueológicos da Renânia (LVR). Após análise, os especialistas optaram por recolocar a pedra em uma profundidade maior, preservando sua estrutura sem prejudicar a instalação dos novos sistemas prediais.

Continua depois da publicidade

'É uma cápsula do tempo que nos reconecta às pessoas que ergueram este edifício', afirmou Michael Neuss, diretor técnico da BLB NRW, órgão responsável pelas obras. Para a consultora científica Joanna Chanko, o achado é especialmente significativo. “Encontrar um marco desse tipo é um evento raro, mesmo para arqueólogos experientes”, destacou.

Símbolo da trajetória acadêmica de Bonn

Segundo o reitor da Universidade de Bonn, Michael Hoch, o achado reforça a importância histórica do edifício, um dos primeiros construídos pela instituição. Inicialmente, o prédio abrigou o Instituto de Anatomia por mais de cinco décadas. Em 1885, tornou-se sede do Instituto de Arqueologia Clássica, até evoluir para o museu atual.

Hoje, o Museu de História da Arte reúne mais de 30 mil peças, sendo considerado um dos acervos arqueológicos mais antigos e relevantes da Alemanha, além de referência mundial em história da arte e preservação cultural.

Continua depois da publicidade

Um legado sob os pés

Mais do que uma curiosidade arqueológica, a pedra fundamental resgata uma parte essencial da história europeia, revelando um elo direto com o passado político, cultural e acadêmico da Alemanha pós-Napoleônica.

Agora, novamente protegida sob a estrutura do museu, a peça segue cumprindo seu papel original: sustentar o prédio — e a memória daqueles que o construíram.

TAGS :

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software