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Mongaguá

Criança sofre fratura exposta após ser atingida por rojão em Mongaguá

Theo, de apenas nove anos, foi atingido durante a celebração de Réveillon

Igor de Paiva

Publicado em 13/01/2024 às 07:00

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Theo está sob cuidados médicos em Boituva / Arquivo Pessoal

O que era para se tornar um momento  de celebração e comemoração para a chegada de 2024 se tornou uma situação de muita angústia e preocupação para uma família de turistas de Boituva, cidade do interior do estado de  São Paulo, que passava as férias em Mongaguá. Durante os festejos de Réveillon, no Centro do Município, o jovem Theo Bujosa Macedo, de 9 anos, foi atingido por um rojão disparado na praia.

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Em entrevista ao Diário do Litoral, Lou Marina, mãe da criança, explicou todos os detalhes sobre aquele dia e as suas consequências para a vida do menino.

Lou conta que a família foi convidada por uma amiga a passar o final de ano em um apartamento próximo à prefeitura do município. A distância entre Boituva e Mongaguá é de cerca de 206 km, algo em torno de três horas e meia de viagem de carro.

Tudo ocorria bem até o momento em que parte da família decidiu descer até a praia para a virada de ano.

Quando o relógio marcava  dois minutos para a meia-noite, um grupo de pessoas de origem asiática chegou ao local e disparou uma espécie de fogos de artifício que atingiu em cheio a perna direita de Theo, causando uma fratura exposta.

Além disso, a explosão queimou parte da roupa dos pais do menino e outro filho do casal se feriu levemente.

Lou acredita que as pessoas fazem parte do comércio local de Mongaguá, por conta da proximidade de uma feira conhecida na região. As pessoas não prestaram nenhum tipo de ajuda para que a situação fosse resolvida.

Mesmo no momento de desespero, a família encontrou uma viatura policial, que após bastante insistência aceitou levar Theo ao hospital. No entanto, por conta da gravidade da situação, Lou precisou levar a criança até o Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande. Lá, houve uma limpeza da lesão, que continha pólvora e areia, e a contenção da fratura.

Com os primeiros procedimentos médicos realizados até o dia cinco de janeiro, a família precisou voltar à sua terra natal. Em Boituva, o menino segue sob cuidados de um especialista da região.

Em um primeiro momento, a lesão externa da perna precisa ser curada para que posteriormente seja curada a possível lesão interna.
“Foi uma ação muito rápida, meu filho acabou ficando com uma lesão interna e externa, precisa ficar imobilizado. Está fazendo todas as necessidades deitado e com uma fralda. Diariamente precisa ir ao hospital para refazer os curativos e cuidar da questão das plaquetas”, explicou.

Lou explica que Theo é uma criança muito ativa, mas por conta da explosão do rojão, um buraco abriu em sua perna, quebrando a tíbia e trincando outro osso. Isso faz com ele precise ficar totalmente parado.

Indignação e resposta da prefeitura.

Além da falta de ajuda e auxilio dos responsáveis pela explosão, a falta de fiscalização na atividade considerada ilegal deixou a família ainda mais indignada com a situação.

“Eu soube que em 2023 uma pessoa  foi atingida na região do peito e morreu em Praia Grande. Podia ser um parente meu, podia ter pego no olho, no rosto, no peito dele. E é uma atividade proibida, é crime e ele é uma criança que está de férias, não tem culpa nenhuma. Podia ter matado ele. Se é proibido, deve ter uma fiscalização correta”, explicou Lou.

Em nota, a Prefeitura de Mongaguá afirma que segue a Lei Estadual 17.389/2021, esta que proíbe a queima, soltura, comercialização, armazenamento e transporte de fogos de artifício e de artefato pirotécnico de estampido em todo o estado de São Paulo.

Até o momento, a família de Theo não sabe a identidade dos responsáveis pelo disparo do rojão. 

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