Teóloga lança livro de poesias em Itanhaém

“Paradoxos”. Esse é o título do livro de poesias lançado na última quinta-feira (21), pela teóloga, escritora, sacerdotisa e mãe de santo Maria Elise Rivas. O lançamento aconteceu na Pinacoteca Municipal “Alfredo Volpi”, no centro histórico de Itanhaém.

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Este é o primeiro livro do gênero literário de poesia da autora Maria Elise, que já publicou títulos e artigos acadêmicos e religiosos. Ela também publicou sua primeira crônica no livro de 25 anos da Academia Itanhaense de Letras. 

No total são 49 poemas, que falam sobre diversos temas e sentimentos. O primeiro começa com “Palavras” e o último é “Metamorfose”.  

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“É o meu primeiro livro de poesias, nunca havia escrito esse gênero. Venho de uma área muito dura, a ciência, que pede que a gente se anule como pessoa para atuar na pesquisa”, explica Maria Elise. 

“Gosto - e acredito serem necessários – de desafios e coisas novas, gosto de observar o mundo, o ser humano e a mim mesma. Creio ser esta a chave para fazer o mundo girar e estar em constante movimento”, destaca.

Ela afirma ainda que vem de uma área religiosa. “As pessoas acham que as sacerdotisas são distantes da questão humanizada. Esse livro nasceu deste paradoxo – da dureza e da humanização”, esclarece. 

A autora coloca no livro o lado do sentimento, pessoalidade, experiência, ou seja, tudo que a autora não pode usar nos outros campos.

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“Mostro o lado humano, que temos sentimentos, dores, conquistas, alegrias, como qualquer outra pessoa. Sou uma ensaísta a poetisa que se apaixonou pela arte de fazer poesia. Percebi que essa escrita me fez leve, me libertou e me possibilitou brincar com a intimidade, as palavras e com o sentimento”, completa.

Em um trecho do prefácio do livro, escrito pelo advogado Rutinaldo Bastos, ele diz “Nestes “Paradoxos” da nossa existência, poucos são os que têm coragem para abrir as veias e deixar que o sangue revolto pelas memórias do coração sirva de tinta a sentimentos que, muitas vezes, por autodefesa, não queremos resolver. Os poemas que encontramos aqui dão clara a dimensão de uma vida que, consagrada a cuidar de tantos, resolveu também cuidar de si, mostrando-se de carne e osso, na dor e na delícia de ser mulher”.    

No final da primeira orelha do livro há uma frase “Ao fim e ao cabo, esta obra mostra aquilo que já aparece há tempos no espírito literário “(....) o que o ser humano mais aspira é tornar-se um ser humano” (Clarice Lispector, em Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres, editora Rocco, 1988).   

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MÊS DA MULHER.
O livro já foi lançado na livraria Cultura, em São Paulo, no início de março. Maria Elise afirma que escolheu fazer o lançamento no mês da mulher. Ela pretende ainda lançar o livro em Brasília, este ano. 

A autora já está preparando um novo título, na área religiosa. Ela também deve lançar outro livro, que será o resultado de sua pesquisa de doutorado e já está em andamento.

AUTORA.
Produtora sociocultural, diretora de documentário, curadora de exposições e palestrante, Maria Elise Rivas foi reconhecida como cidadã honorária de Itanhaém e faz parte da Academia Itanhaense de Letras. Doutora em Ciências da Religião, a ex-professora e pesquisadora também lidera uma comunidade afro-brasileira com mais de uma centena de filhos e filhas. Ela está sempre engajada no poder da coletividade para o combate ao racismo e de outras injustiças.

Quem quiser adquirir o livro pode encontrar nas livrarias, no site da Amazon ou com a editora OICD por e-mail [email protected]